ISRAEL E OS FILISTEUS

Segundo a Bíblia, os filisteus eram oriundos de Caftor, lugar identificado com a ilha de Creta. As descobertas vieram confirmar essa afirmação. Algumas encontradas em lugares onde habitavam os filisteus parecem-se muito com um tipo de escrita grega. Mas é a sua cerâmica que fornece o primeiro indício dessa origem. Essa cerâmica está pintada da mesma maneira que a cerâmica da Creta minóica. 
 
A civilização minóica foi destruída pouco antes do aparecimento dos filisteus em Canaã. Por isso, não +e impossível que os filisteus sejam sobreviventes desse célebre império minóico. Isso concorda, também, com as informações fornecidas pelo Egipto, a respeito dos filisteus. Entre estas, figura a descrição pormenorizada de um exército que, com a ajuda de barcos, desceu ao Egipto para invadir o país. Os egípcios falavam dos “povos do mar”.

Estes foram vencidos pelo exército egípcio e expulsos para o Sul da Palestina. Dois desses grupos, entre os quais os filisteus, instalaram-se nessa região.
 
Os filisteus fundaram cinco cidades principais no sudoeste da Palestina, considerado durante todo o período bíblico como o seu país de habitação: Gate, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza. 
 
À excepção de algumas particularidades, parece que os filisteus adoptaram a cultura e o estilo de vida dos cananeus. Em muitas casas, foram descobertas muitas vasilhas de cerveja feitas em barro, o que sugere que eles gostavam da bebida. Isso não é estranho para o estudante da Bíblia que leu o episódio de Sansão, o juiz que não rejeitava as festas.

Foram os filisteus que introduziram o saber-fazer no trabalho com os metais. Foi especialmente o ferro que fez a sua entrada com a chegada dos filisteus. Segundo 1ª Samuel 13:19-22, os filisteus possuíam o monopólio da metalurgia. Nas regiões habitadas pelos filisteus, os objectos metálicos encontrados são muito mais numerosos do que nas primeiras colónias israelitas.
 
Dado que habitavam perto do Egipto, os filisteus mantinham laços estreitos com os seus vizinhos. Temos indícios que fazem pensar que, de tempos a tempos, eles serviam no exército egípcio como mercenários. Essa ligação estreita influenciou a cultura palestiniana em certos domínios. 
 
A influência egípcia é evidente no modo de enterrar os mortos. Perto de Dier el-Balah, não longe de Gaza, foi descoberto um grande cemitério, onde tinham sido enterrados os soldados egípcios de uma guarnição estacionada nesse lugar pouco antes da chegada dos filisteus… tinham sido sepultados em caixões de cerâmicas. 
 
Na tampa, tinham sido esculpidos o seu rosto e os seus braços, obtendo, assim uma versão rudimentar de um sarcófago semelhante ao de Tutankamon. Depois deles, os filisteus continuaram a enterrar os seus mortos da mesma maneira.

Por vezes, foi extremamente difícil distinguir os túmulos filisteus dos sepulcros egípcios. Tratava-se, provavelmente, de soldados filisteus que serviam no exército egípcio.

A Bíblia descreve os filisteus como um povo bélico. Esta indicação é confirmada pela pressa que mostravam em alistar-se no exército egípcio logo que as guerras escasseavam no seu próprio país…
 
Fonte: http://www.galeriabiblica.com/2010/12/israel-e-os-filisteus.html

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