WIKILEAKS: O REAL CULPADO

Ann Coulter e o real culpado do WikiLeaks: 

o soldado gay Bradley Manning

Peter J. Smith
Pobre Julian Assange. O mundo todo agora o está caçando por desmascarar o mundo secreto da diplomacia dos EUA (a qual suspeito não é nada diferente do jeito que a diplomacia é feita em geral), como se fosse tudo culpa dele. Mas o australiano de cabelos acinzentados teria pouco merecimento de fama se não fosse por um soldado homossexual cheio de chiliques que fez o download de 260.000 telegramas de informações confidenciais antes de repassá-las para o site dedo-duro WikiLeaks de Assange.
O soldado Bradley Manning está ainda na prisão de Quantico — tenho certeza de que os fuzileiros navais cuidarão muito bem dele enquanto as forças armadas preparam seu julgamento. As atuais acusações por trair seu país o colocariam na cadeia pelos próximos 52 anos — embora alguns digam que “traição” mereça uma punição mais dura.
Contudo, o nome de Manning — e sua orientação sexual — está aparecendo muito pouco nestes dias no noticiário. Provavelmente porque ele não se encaixa bem no perfil do Pentágono de lésbicas e gays americanos patrióticos sofrendo silenciosamente sob o conceito cultural de “não pergunte, não revele”*.
(A propósito, alguém já chamou a atenção para o fato de que a mera abertura das forças armadas para lésbicas e gays americanos traz injusta discriminação e marginalização contra transgêneros e bissexuais que estão sofrendo silenciosamente, etc.? Quando é que vão aparecer os processos legais em defesa de soldados que se identificam como mulheres e que exigem o direito de dormir no quartel das mulheres?)
Mas parabéns para Ann Coulter! Ela tem uma coluna em Townhall.com que devasta de forma absoluta essa ideia cultural com sua típica franqueza e humor afiadíssimo. Coulter argumenta que Manning representa uma ameaça à segurança nacional que é inevitável com uma pequena percentagem de homossexuais que “vão ser egocêntricas flores de estufa como Bradley Manning”.
“De acordo com os bate-papos de Bradley na Internet, ele estava num ‘lugar inadequado’ tanto ‘emocionalmente quanto psicologicamente’”, continua Coulter. “Aí por puro chilique ele traiu seu país, orquestrando o maior vazamento de informações confidenciais da história dos Estados Unidos”.
Eis outro trecho: “Olhe o desastre que um só gay criou durante o vigor de nossa política malvada do ‘não pergunte, não revele’. O que mais aguarda os Estados Unidos com a derrubada de uma política que provavelmente foi colocada lá por alguma razão (além de ser a única coisa que Bill Clinton já fez com a qual eu concordei)?”
E Coulter pergunta, em tom de zombaria, o que realmente merece ainda uma investigação da política “não pergunte, não revele”? “Vir desmunhecando para o treinamento? Frequentar os exercícios militares matutinos vestido como um imitador da Cher? Seguir Anderson Cooper no Twitter?”
Coulter acerta isso bem no alvo, e vale a pena ler aqui.
Mas a magnitude dos danos provocados pelos chiliques e pelo complexo de salvador mundial de Manning não podem ser menosprezados. O jornal alemão Der Speigel fez uma reportagem em que disse que os dados brutos das informações diplomáticas confidenciais dos EUA são tão vastos que encheriam 66 anos de revistas semanais Der Speigel.
A coisa mais chocante é que Manning era tão aberto sobre sua homossexualidade — no próprio Facebook! — e o Exército dos EUA… não fez nada. Pessoas são demitidas de seus empregos por causa do que elas postam no Facebook, mas não Manning.
Em vez disso, ele teve tempo mais que suficiente como especialista de informações confidenciais de ter acesso a informações secretas e fazer papel de espião autônomo para o mundo inteiro — com a cortesia de Wikileaks. E com um simples download, Manning realmente aprontou, com poucos cliques de mouse e alguns discos de CDR-W — enchendo o ambiente com a música de sucesso “Telephone” de Lady Gaga para acobertar o que ele estava fazendo — o que os russos não poderiam fazer em anos com a adorável espiã Anna Chapman e um punhado de espiões do próprio país.
* Nota do tradutor: Na essência, a política “não pergunte, não revele” significa que o Exército não deve perguntar se um soldado é gay e o soldado não deve revelar esse fato, sob pena de perder a farda.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
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