Os deputados evangélicos em reunião na Assembleia Legislativa
concordaram nas críticas feitas contra a simulação de sexo oral feita
por um dos participantes da Parada Gay do Acre, RB, realizada neste
domingo, 20.
A performance foi realizada pelo cabeleleiro Carlos Duarte, 56, que
disse que só fez a cena porque havia consumido muita bebida alcóolica,
afirmando que esta não é a sua conduta normal.
“Admito que errei e estou envergonhado. Dizem que todo mundo tem
direito a 15 minutos de fama. Tive o meu, infelizmente, mas não queria
que tivesse sido da forma como aconteceu,” ponderou em entrevista à um
jornalista local.
O deputado Jamyl Asfuty, DEM, foi o primeiro a se pronunciar: “quando
temos órgãos masculinos sendo expostos, pessoas expondo seus seios,
isso é crime. Eu não concordo com isso. Essa imagem me estarreceu.
Existiram exageros premeditados - afirmou”. Ele também lamentou o uso da
música “Faz um milagre em mim” durante a Parada.
“Compete ao Estado reprimir aquele tipo de manifestação. Nós temos um
símbolo para nós, que é um hino, e ele foi profanado. Um dia, um líder
religioso foi condenado à prisão porque chutou a imagem de uma santa.
Não basta pedir perdão, tem que ser punido”, completou.
Já Astério Moreira, PRP, questionou o uso do dinheiro público na
realização do evento, “o governo não pode continuar usando dinheiro
público para patrocinar um evento que agride às famílias”.
O deputado Ney Amorim (PT), secretário da Assembléia, contou que nos
últimos dias tem mantidos todos os dispositivos de acesso à internet
distante de seus filhos, para impedir que tenham acesso ao “ato obsceno”
da Parada Gay.
O deputado Gerado Pereira, líder do PT, também evangélico, ponderou
que a polêmica é decorrente da atitude irresponsável de duas pessoas que
participavam da manifestação e que agrediram a sociedade.
“Temos que respeitar os direitos individuais das pessoas e reconhecer
que são fatos isolados. Ninguém é obrigado a ir para o céu. Ir para o
céu é opcional. Mas os direitos individuais, que regem a sociedade, nos
temos que garantir”.
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