A "MALDIÇÃO DE TUTANCÂMON" E OS ASSASSINOS RITUALÍSTICOS EXECUTADOS POR ALEISTER CROWLEY

  A “Maldição de Tutancâmon” e os Assassinatos Ritualísticos Executados Por Aleister Crowley


Aleister Crowley é geralmente mencionado neste blog, por causa da forte influência que seus trabalhos ocultistas aparentam ter na mídia de massa atual.
Esta semana, um recorte de notícia apropriadamente interessante, contudo, preocupante surgiu na imprensa, falando sobre Crowley: um historiador acredita que as mortes atribuídas a “Maldição de Tutancâmon” eram na verdade, assassinatos ritualísticos executados por ele. Aqui uma matéria do jornal The Telegraph sobre os achados do historiador Mark Beynon.
  A “Maldição de Tutancâmon” e os Assassinatos Ritualísticos Executados Por Aleister Crowley
Aleister Crowley fazendo a “Pose de Osíris”

Maldição de Tutancâmon poderia ter sido trabalho de um assassino Satanista

  A “Maldição de Tutancâmon” e os Assassinatos Ritualísticos Executados Por Aleister Crowley
Máscara mortuária de Tutancâmon

Seis misteriosas mortes, de grande repercussão ocorridas em Londres, que foram atribuídas a ‘Maldição de Tutancâmon’ eram na verdade, assassinatos de autoria do notório Satanista Aleister Crowley, um historiador afirma em um novo livro.

Incríveis paralelos entre Crowley e Jack O Estripador, foram também descobertos durante a pesquisa do historiador Mark Beynon.

Durante as décadas de 1920 e 1930, Londres estava fascinada com a mítica maldição de Tutancâmon, o jovem rei egípcio, que teve sua tumba descoberta por um arqueologista britânico, chamado Howard Carter. Mais de 20 pessoas ligadas à abertura da câmara funerária do faraó, em Luxor- Egito, no ano de 1923, morreram nos anos seguintes de modo bizarro - seis delas na capital, Londres.

As vitimas incluíam, o Capitão Richard Bethel, que era o secretário pessoal de Carter, encontrado morto em sua cama, com suspeita de sufocamento, dentro do seleto clube Mayfair. O Lorde Westbury, pai de Bethell, então saltou para a morte os sete andares de seu apartamento em St. James, local que ele declarava ser onde estavam guardados os artefatos da tumba, presentes de seu filho para ele.

Aubrey Herbert, que era o meio-irmão do patrocinador financeiro de Carter, o Lorde Carnarvon. Aubrey havia morrido de forma suspeita, num hospital em Park Lane, pouco depois de visitar a cidade de Luxor.

Naquela época, uma Imprensa em frenesi, colocou a culpa pelas mortes na “Maldição de Tutancâmon” e especulou sobre os poderes sobrenaturais dos antigos egípcios. 

Mas, o Sr. Beynon agora, tem trazido à tona, uma evidencia inédita que conclui que as mortes eram todos assassinatos ritualísticos arquitetados por Crowley, um ocultista que se intitulava “o homem mais perverso do mundo”.vApós uma singular análise dos diários de Crowley, ensaios e livros, e dos relatórios dos inquéritos policiais, agindo como um detetive por conta-própria, Mr. Beynon alega que ele era um obsessivo assassino que, copiava o estilo de matar de Jack O Estripador. 

Crowley, que chamava a si mesmo de “A Grande Besta”, aparentemente tinha motivos próprios, para manchar a descoberta lendária do legado de Carter. Os deuses e deusas da filosofia religiosa de Crowley, a Thelema, eram principalmente, provenientes da antiga religião egípcia. Ele acreditava que, ele era um profeta da nova era da liberdade pessoal, controlada pelo antigo deus egípcio Hórus.É plausível que Crowley tenha achado que a escavação de Carter era um sacrilégio e quisesse vingança, de acordo com Mr. Beynon.

Em seu novo livro  “A Maldição de Londres” - ( London’s Curse): Assassinato, Magia Negra e Tutancâmon, na década de 1920, em West End’, publicado essa semana pela livraria The History Press; Mr. Beynon atribui sete mortes a Crowley, seis das quais ocorreram em Londres.

  • Raoul Loveday ( 16 de Fevereiro de 1923): Um estudante universitário, de 23 anos de idade, que era seguidor do culto de Crowley em uma abadia Siciliana. Ele morreu no mesmo dia e na mesma hora, da tão divulgada abertura da câmara mortuária de Tutancâmon de Carter. Ele morreu após beber sangue de um gato sacrificado em um dos rituais de Crowley e Mr. Beynon argumenta que, ele foi deliberadamente envenenado.
  • Príncipe Ali Kamel Fahmy Bey (10 de Julho de 1923): Um príncipe egípcio de 23 anos, assassinado por arma de fogo, pela sua esposa francesa de seis meses, Marie-Marguerite, em Londres no Hotel Savoy, pouco depois dele ter sido fotografado visitando a tumba. Mr. Beynon diz queCrowley e Marie-Marguerite eram amantes em Paris. Ela estava trabalhando como anfitriã no Folies Bergère e ele era um freguês regular no mesmo local. Ele sugere que Crowley a encorajou para que cometesse o assassinato.
  • Aubrey Herbert (23 de Setembro de 1923): Pouco depois de Marie-Marguerite ser absolvida pelo crime; Aubrey Herbert, o meio-irmão do Lorde Carnarvon, morreu de intoxicação no sangue, também de modo suspeito, após um procedimento rotineiro, uma operação dentária que deu errado no hospital particular em Park Lane. Ele acabara de retornar, recentemente de sua viagem a Luxor. Mr. Beynon especula que Crowley estaria por trás da morte e provavelmente, tenha usado Marie-Marguerite, novamente para fazer seu trabalho sujo.
  •  Capitão Richard Bethel: (15 de Novembro de 1929): O secretário pessoal de Howard Carter, de 46 anos, foi encontrado morto em sua cama num clube exclusivo, chamado Mayfair Bath Club. Foi dito que Bethell estava em perfeita saúde. Foi pensado inicialmente que ele morrera de ataque cardíaco, mas seus sintomas levantaram suspeitas de que ele tivesse sido sufocado até a morte enquanto dormia. Crowley havia recentemente retornado a Londres e geralmente era um hóspede do novelista W. Somerset Maugham, no mesmo clube.
  • Lorde Westbury (20 de Fevereiro de 1930): O pai de Bethell tinha 77 anos, acreditava-se que ele havia se jogado do sétimo andar do seu apartamento em St. James. Mas, Mr. Beynon descobriu que seria praticamente impossível para um homem em idade avançada, ter escalado até a borda da janela e sugere que Crowley o jogou daquela altura.
  •  Edgar Steele (24 de Fevereiro de 1930): Apenas quatro dias após o fato, Edgar Steele, de 57 anos, que estava encarregado dos cuidados com os artefatos da tumba do faraó, no Museu Britânico de Londres, morreu no Hospital St. Thomas após uma operação estomacal mínima. Mr. Beynon especula que Crowley estava por trás da morte.
  •  Sir Ernest Wallis Budge (23 de Novembro de 1934): Um curador do Museu Britânico do Departamento das Antiguidades Egípcias e Assírias, ele foi encontrado morto em sua cama, em Bloomsbury, aos 77 anos. Ele era um amigo do Lorde Carnarvon, e foi responsável pela exposição dos artefatos vindos de Luxor. Mr. Beynon diz que há evidência de que Budge e Crowley eram companheiros no cenário ocultista londrino.
Crowley, que nasceu em uma família abastada em 1875, tinha uma doutrina controversa como modo de vida, ‘ Faça O que Quiser’. O bissexual, viciado em heroína ganhou notoriedade defendendo a promiscuidade sexual e a prostituição; e se intitulou ‘o homem mais perverso do mundo’ pela Imprensa. Mr. Beynon descreve uma imagem de um esquizofrênico perigoso, conhecido por ter assassinado seus serviçais na Índia. Crowley, nunca relatou as mortes em seus diários, mas geralmente escrevia que seu bom humor era “elevado” no dia após as mortes terem ocorrido.

Ele era obcecado com Jack o Estripador, escrevendo numerosos ensaios e poemas sobre ele.Ele se socializou com o suspeito de ser o Estripador, o artista Walter Sickert. E Mr. Beynon argumenta que Crowley usou o prazer, que o Estripador tinha por matar, como inspiração para seus próprios esforços anos mais tarde.

Crowley escrevera em seus diários, que ele acreditava que os locais de cinco dos assassinatos do Estripador ocorridos em Whitechapel, no ano de 1888, formavam um pentagrama - uma estrela de formato simbólico importante no Satanismo. Mr. Beynon alega que, os locais de cinco dos supostos“assassinatos” que Crowley cometera, formam também um pentagrama, uma imitação do estilo do Estripador.

Aleister Crowley acreditava que os assassinatos que Jack O Estripador havia cometido, tinham dado a ele poderes especiais, incluindo invisibilidade. Mr. Beynon diz que, portanto Crowley achava que seus assassinatos também lhe confeririam invisibilidade.Para testar sua teoria, ele desfilou pelo famoso restaurante londrino Café Royal, vestido de forma ridícula, com uma capa de cor mostarda adornada com símbolos ocultistas. Quando os clientes ficaram em silêncio e estavam tão perturbados para chegar a falar com ele, ele concluiu que eles não poderiam vê-lo.

Para resumir sua teoria macabra, Mr. Beynon diz: “Quando eu pesquisava essas mortes, o nome de Crowley emergia de novo e de novo.Há muita evidência circunstancial, ligando ele a todas as mortes, e seus diários e livros são como objetos decifrados, como pistas que ligam ele a estes crimes.Eu acabei de colocar todas as peças do quebra-cabeças juntas.Muito do sistema de crença de Crowley era saturado do Egito Antigo.Ele teria visto a abertura da tumba de Tutancâmon como profanação.Aquele era um homem dado a extensas viagens pelo mundo e, contudo, nós sabemos que ele estava em Londres quando pelo menos, quatro das seis mortes ocorreram.Ele acrescenta: “Eu espero que o livro seja atrativo a qualquer um que tenha interesse no gênero do crime ou goste de História Londrina.Eu fiquei fascinado em pesquisar a Londres dos séculos 20 e 30.Superficialmente, era muito glamurosa e excitante, mas havia uma parte inferior obscura que providenciava um palco ideal para esta história.Todos eram obcecados com a suposta Maldição de Tutancâmon, que havia atingido as vitimas da alta sociedade.Mas até agora, ninguém havia notado que as mortes poderiam ter sido assassinatos.”

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