As Forças que Apóiam o Inimigo
Art. 22 Os inimigos têm feito planejamento inteligente e cuidadoso,
durante muito tempo, a fim de chegar ao ponto em que chegaram, com
emprego de métodos que afetam o curso dos acontecimentos. Dedicam-se a
acumular imensos recursos financeiros que empregam para realizar os sues
sonhos.
Com dinheiro assumem o controle da mídia mundial – agências de
notícias, jornais, editoras, serviços de radiodifusão, etc. Com dinheiro
promovem revoluções em vários países mundo afora, para servir aos seus
interesses e obter lucros. Estiveram por detrás da Revolução Francesa e
da Revolução Comunista e se acham por detrás da maioria das revoluções
de que ouvimos falar, de tempos em tempos, aqui e ali. Com dinheiro
criaram organizações secretas, em todo o mundo, a fim de destruir as
sociedades respectivas e servir aos interesses sionistas, organizações
tais como os Maçons Livres, Rotary Clubes, Lions, os Filhos da Aliança
(B'nei Brith), etc. Todas essas organizações servem para fazer
espionagem e sabotagem. Com dinheiro foram capazes de assumir o controle
dos países colonialistas, e os instigaram a colonizar muitos outros
países, de forma a explorar os recursos de cada país e lá espalhar a
corrupção moral.
Não há um fim para dizer tudo sobre o envolvimento do inimigo
sionista em guerras localizadas e guerras mundiais. Estiveram por detrás
da Primeira Guerra Mundial, por meio da qual obtiveram a destruição do
Califado Islâmico, tiveram altos ganhos materiais, passaram a controlar
numerosos recursos naturais, obtiveram a Declaração Balfour e criaram a
Liga das Nações Unidas (assim no original), para poder governar o mundo
por meio dessa Organização.
Estiveram, também, por detrás da Segunda Guerra Mundial, através da
qual juntaram um tremendo lucro com o comércio de materiais de guerra e
abriram o caminho para o estabelecimento do seu Estado. Os sionistas
também propuseram a criação das Nações Unidas e o Conselho de Segurança
em substituição da Liga das Nações Unidas (sic), para governar o mundo.
Onde há uma guerra no mundo eles se encontram acionando os cordéis por
detrás das cortinas. "Quando acendem o fogo da guerra, Alá o extingue.
Eles se esforçam para espalhar o mal na terra, mas Alá não ama aqueles
que praticam o mal" (Alcorão, 5 – 64).
As potências colonialistas, tanto do ocidente capitalista como do
oriente comunista, apóiam o inimigo com toda a sua força, seja
materialmente seja com mão de obra, alternando um ou outro. Quando o
Islã aparece, todas as forças dos infiéis se unem em oposição, porque
todos infiéis constituem uma só dominação.
"Oh! Vós que credes, não tomeis como amigos alguém fora se vossas
fileiras, porque não medirão esforços para vos fazer o mal. Desejam
aquilo que vos causai sofrimento. O ódio sai das suas bocas, mas o que
escondem em seus corações é ainda pior. Nós vos apresentamos sinais
bastante claros, se compreenderdes." (Alcorão, 3 – 118). Não é por acaso
que esse versículo termina com Suas palavras "se compreenderdes".
Capítulo IV
Nosso Posicionamento
A – Os Movimentos Islâmicos
Art. 23 O Movimento de Resistência Islâmica vê, com todo respeito e
apreço, os demais movimentos islâmicos, mesmo que tenha divergências com
os mesmos em alguns aspectos e idéias, mas tem concordâncias com eles
em muitos outros aspectos e idéias, e os consideram, enquanto suas
intenções forem boas e forem devotos de Alá – como dentro do direito de
legítima opinião, isto é, enquanto suas respectivas ações se situarem
dentro do círculo islâmico. Todo aquele que se esforça em prol da
verdade receberá sua recompensa.
O Movimento de Resistência Islâmica considera tais movimentos como um
reforço, e suplica a Alá para guiar-nos e orientar-nos. Nunca esquece
de, constantemente, levantar a bandeira da unidade e de se esforçar,
permanentemente para alcançar a unidade de acordo com o Alcorão e a
sunna. "Deveis vos manter firmemente agarrados á corda que Alá vos
oferece, todos vós. Não vos dividais entre si, e lembrai-vos de que Alá
ficará a vosso lado. Caso sejais inimigos uns dos outros, Ele juntará
vossos corações, e por meio Dele vos tornareis irmãos. Vos encontráveis
num grande incêndio e Ele vos salvou. Assim, Alá mostra Seus feitos, de
forma que possais seguir o caminho correto." (Alcorão3 –103) (11)
Art. 24 O Movimento de Resistência Islâmica não permite que o nome de
um indivíduo seja vetado ou ofendido, porque verdadeiros muçulmanos não
vetam ou xingam os outros. Deve ser feita uma clara distinção entre
isso e posições ou comportamentos, porque o Movimento de Resistência
Islâmica deve ter o direito de expor erros e evitar que as pessoas os
cometam, e se esforçar com afinco para tornar a verdade conhecida e
adotada de forma imparcial em todas as situações. Os muçulmanos buscam a
sabedoria, e a agarram onde a puderem encontrar. (12)
"Alá não gosta quando as pessoas falam mal uma das outras, e em
público, exceto daqueles que tenham pecado. Alá tudo ouve e tudo sabe.
Quando vós fazeis o bem, seja em público ou secretamente, ou perdoais
algo de errado (que lhes fizeram), seguramente Alá vos estará perdoando,
pois é Onipotente." (Alcorão 4 – 148/149)
B – Os Movimentos Nacionalistas na Arena Palestina
Art. 25 O Movimento de Resistência Islâmica respeita e aprecia as
condições que envolvem e afetam os outros movimentos. Apóia a todos
enquanto não prestam obediência ao Leste Comunista e aos Cruzados do
Ocidente, e enfatiza a todos os seus (deles) membros e a todos que os
apóiam, que o Movimento de Resistência Islâmica é um movimento ético
jihadista, consciente em sua visão mundial e no tratamento com os outros
movimentos. Abomina o oportunismo, deseja somente o bem para as
pessoas, enquanto indivíduos ou grupos, e não se dedica a obter lucros
materiais ou fama para si. Não busca a recompensa das pessoas, e segue
em frente com seus próprios recursos e com o que tem em mão. "Juntais
contra eles todas as forças que podeis." (Alcorão, 8:60), a fim de
levardes adiante vossos deveres e que conquistais a graça de Alá. O
Movimento de Resistência Islâmica não tem outro escopo senão este.
E reafirma a todos os grupos nacionalistas, de todas as orientações,
operando na Palestina, de que não deve ocorrer outra coisa senão o apoio
e a ajuda para todos eles, com palavras e ações, no presente e no
futuro. Reúne a todos e não busca a separação, preserva a unidade e não a
dispersão, une e não divide, valoriza cada palavra, cada esforço
sincero e cada palavra de louvor pelo esforço. Fecha as portas diante
dos desentendimentos. Não dá atenção a boatos e observações
tendenciosas, mas reserva-se o direto de se defender.
Tudo que se oponha ou contradiz a essa orientação é fabricado pelo
inimigo ou por seus lacaios a fim de provocar confusão, dividir as
fileiras e provocar distração com assuntos laterais. "Oh! Vós que
credes, se um mal intencionado lhe traz informação (sobre alguém),
deveis examiná-la cuidadosamente, para não atingir pessoas (inocentes),
devido a ignorância, para depois vos arrependerdes." (Alcorão 49 – 6)
Art. 26 O Movimento de Resistência Islâmica – observando
favoravelmente, como o faz, os movimentos nacionalistas palestinos, não
se furta de discutir os novos desenvolvimentos a respeito do problema da
Palestina, no local ou na arena internacional, de maneira objetiva,
para ver em que extensão (tais desenvolvimentos) se coadunam, ou não,
aos interesses da causa segundo a visão islâmica.
C – A Organização para a Libertação da Palestina
Art. 27 A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) está junto
do coração do Movimento de Resistência Islâmica, como um pai, um irmão
ou amigo, e um verdadeiro muçulmano não deve repelir seu pai, seu irmão
ou seu amigo. Nossa pátria é um só, nosso infortúnio é um só, nosso
destino é um só e enfrentamos o mesmo inimigo.
Devido às circunstâncias que conduziram à criação da OLP, e (devido) à
confusão intelectual que imperava no mundo árabe, como resultado da
invasão intelectual que estava sendo feita desde a derrota das Cruzadas,
e que passou a ser intensificada, e continua a ser intensificada, pelas
atividades de orientalistas e missionários cristãos – a OLP decidiu
adotar a idéia de um Estado Secular, e, assim, vemos a OLP. A ideologia
secularista se acha em total contradição com a ideologia religiosa, e
são as idéias que são as bases das posições, condutas e decisões.
Assim, com todo o nosso apreço pela Organização para a Libertação da
Palestina, e o que ela posa vir a se tornar, e sem desprezar o seu papel
no conflito árabe-israelí, não podemos eliminar a identidade islâmica
da Palestina, que é parte da nossa fé, e quem negligencia essa fé está
perdido. "Quem rejeita a religião de Abrahão é alguém que ficou um
tolo". (Alcorão 2-130).
Quando a OLP adotar o Islã como seu meio de vida, então seremos as
suas tropas e o combustível para o seu fogo que consumirá o inimigo.
Mas, até que essa ocasião chegue – e rezamos para que ele não demore – a
posição do Movimento de Resistência Islâmica vis a vis a OLP é de um
filho para com um pai, de um irmão para com seu irmão, ou de um parente
para com seus parentes. Compartilha dos sofrimentos do outro quando é
atingido por uma tormenta, e o apóia diante do inimigo, e faz votos que
encontre a orientação divina e siga o caminho certo.
Vosso irmão, vosso irmão antes dos outros!
Quem não tem um irmão é igual a alguém que vai para a guerra sem uma arma.
Vosso primo, deveis conhecer a força de suas asas.
Por que, como pode um falcão levantar vôo sem asas? (13).
D – Estados e Governos Árabes e Islâmicos
Art. 28 A invasão sionista é uma invasão cruel que não possui
quaisquer escrúpulos e utiliza métodos viciados e vilãos para atingir
seus objetivos. Nas suas operações de espionagem e infiltração, se apóia
em organizações secretas, que cresceram fora do seu âmbito, tais como
os Maçons Livres, Rotary Clubes, Lions e outros grupos de espionagem do
mesmo tipo. Todas essas organizações, secretas ou abertas, operam pelos
interesses do sionismo e sob sua direção, e suas finalidades consistem
em enfraquecer as sociedades, minar seus valores, destruir a honra das
pessoas, introduzir a degradação moral e aniquilar o Islã. O sionismo se
encontra por detrás de todo tipo de tráfico de drogas e do álcool, para
facilitar o seu controle e sua expansão.
Exigimos que os países árabes em torno de Israel abram as suas
fronteiras aos árabes e muçulmanos combatentes da Jihad, a fim de
cumprirem sua parte, juntando suas forças às forças dos seus irmãos – a
Fraternidade Muçulmana na Palestina. Dos demais países árabes e
muçulmanos, exigimos que, no mínimo, facilitem a passagem através de
seus territórios dos combatentes da Jihad.
Não podemos deixar de lembrar a cada muçulmano que, quando os judeus
ocuparam o Lugar Sagrado (i.e – Jerusalém), em 1967, e se postaram
diante da abençoada Mesquita de Al-Aksa, gritaram: "Maomé está morto,
sua descendência é de mulheres". Com isso, Israel, com sua identidade
judaica e o povo judeu estão desafiando o Islã e os muçulmanos. Que a
covardia não conheça descanso.
E – Grupos Nacionalistas e Religiosos, Intelectuais e o Mundo Árabe e Muçulmano
Art. 29 O Movimento de Resistência Islâmica espera que tais grupos
estejam sempre prontos para ajudar, mas, em qualquer circunstância, lhes
dará ajuda, apoiará seus posicionamentos, dará suporte às atividades
deles e terá todo empenho na busca de apoio para eles, de forma que cada
cidadão muçulmano seja uma reserva de apoio e reforço para o Movimento,
e que disponibilizem profundo apoio estratégico em termos de recursos
humanos e materiais e em informação, a qualquer tempo e em qualquer
lugar. Deve ser atingido por meio de conferências, panfletos ideológicos
e pela doutrinação das massas com relação ao problema palestino – o que
estão enfrentando e o que é plantado contra eles. Da mesma forma devem
tais grupos trabalhar para mobilizar cada muçulmano ideologicamente,
educacionalmente e culturalmente, de modo a que tenha o seu papel na
decisiva guerra de libertação, assim como tiveram participação
importante na derrota das Cruzadas, na expulsão dos mongóis, salvando,
assim, a civilização humana. Isso não é difícil para Alá.
"Alá disse: 'EU e Meu Mensageiro acabaremos prevalecendo.' Alá é forte e todo-poderoso" (Alcorão, 58-21).
Art. 30 Escritores, intelectuais, profissionais da mídia, pregadores
nas mesquitas, educadores e todos os demais setores do mundo árabe e
islâmico são convocados a desempenhar seu papel e a cumprir com seu
dever. (Isto é necessário) Devido à ferocidade do assalto sionista e
devido ao fato de ter-se infiltrado em muitos países, e assumido o
controle das finanças e da mídia – com todas as ramificações que daí
decorrem – na maioria dos países do mundo.
A jihad não se limita a pegar em armas e combater o inimigo cara a
cara, pois palavras eloqüentes, escritos que persuadem, livros que
efetivamente cumprem com sua finalidade, o apoio e a ajuda – tudo leva a
desempenhar a sincera intenção de levantar a bandeira de Alá e faze-la
reinar suprema – tudo isso é a jihad em prol de Alá.
(O Profeta disse: "Quem prepara um guerreiro com todas as armas para
lutar por Alá é (também) um guerreiro, e quem dá apoio à família de um
guerreiro (que saiu para combater por Alá) é, também, um guerreiro."
(registrado por Bukhari, Muslim, Abu Da'ud e Tirmidhi na suas coleções
de Hadith).
F – Fiéis de Outras Religiões
O Movimento de Resistência Islâmica é um Movimento Humano
Art. 31 O Movimento de Resistência Islâmica é um Movimento humano que
respeita os direitos humanos e se acha comprometido com a tolerância
islâmica para com os seguidores de outras religiões. Mostra-se hostil
apenas para com aqueles seguidores de outras religiões que fazem
hostilidades para com o Movimento, ou que se colocam em seu caminho,
impedindo suas atividades e prejudicando os seus esforços. Sob as asas
do Islã, os seguidores das três religiões – Islã, Cristianismo e
Judaísmo – podem coexistir em segurança e a salvo. Somente sob o manto
do Islã é que a salvaguarda e a segurança imperam. A história antiga e a
recente dão provas disso. Os seguidores de outras religiões devem parar
de competir com o Islã pela soberania nesta região, porque quando eles
governam, ocorrem atos de assassinatos, torturas e deportações, e não
permitem que outras religiões possam ter seu curso. Tanto o presente
como o passado estão cheios de provas disso.
"Não vos dão combate, a não ser de dentro de vilas fortificadas, ou
por detrás dos muros. Eles lutam ferozmente uns com os outros. Vós os
considerais unidos, mas os corações deles estão divididos, pois são um
povo sem sentido". (Alcorão, 59-14).
O Islã está de acordo com os direitos de cada pessoa, e evita
qualquer infração aos direitos de outras pessoas. As medidas que os
sionistas-nazistas adotam contra o nosso povo não vão conseguir
prolongar a duração da sua invasão, porque o governo da injustiça não
dura uma hora sequer, enquanto o governo da verdade dura até a Hora da
Ressurreição.
"Alá não vos proíbe de demonstrardes bondade e que agis com justiça
para com aqueles que não vos combatem por conta de vossa religião, e não
vos retirais das casas deles. Alá ama quem age com justiça". (Alcorão,
60-8).
G – As Tentativas para Isolar o Povo Palestino
Art. 32 O sionismo mundial e as potências colonialistas, por meio de
manobras espertas e meticuloso planejamento, tentam afastar os países
árabes, um a um, do círculo do conflito com o sionismo, a fim de,
finalmente, conseguir isolar o povo palestino. Já levaram o Egito para
fora do círculo do conflito, em grande parte através do traidor Acordo
de Camp David (de setembro de 1978), e está tentando arrastar outros
países árabes para acordos semelhantes, de forma a ficarem fora do
círculo do conflito.
O Movimento de Resistência Islâmica convoca todos os povos árabes e
muçulmanos a lutarem seriamente e diligentemente a fim de prevenir esse
terrível esquema, bem alerta as massas dos perigos inerentes à exclusão
do círculo do conflito com o sionismo. Hoje é a Palestina, e amanhã será
algum outro país ou países, pois o plano sionista não tem limites, e
depois da Palestina pretenderão se expandir do Nilo até o Eufrates, e
quando terminarem de devorar uma área, estará famintos para novas
expansões, e assim por diante, indefinidamente. O plano deles está
exposto nos Protocolos dos Sábios de Sião, e o comportamento deles no
presente, é a melhor prova daquilo que lá está dito. Deixar o círculo do
conflito com o sionismo é um ato de alta traição; todos os que o fazem
devem ser amaldiçoados. "Quem (quando combatendo os infiéis) vira as
costas para eles, ao menos que seja uma manobra de batalha, ou para se
juntar a outra companhia, incorre na ira de Alá, e sua morada deverá ser
o inferno. Seu destino será do maior infortúnio." (Alcorão, 8:16)
Todas as forças e toda capacidade disponível devem ser reunidas para
enfrentar os ferozes ataques dos mongóis, nazistas, para impedir que a
pátria seja perdida, o povo exilado, o mal espalhado sobre a terra e
todos os valores religiosos sejam destruídos. Cada qual e todas as
pessoas devem saber que são responsáveis perante Alá.
"Cada qual que faz um peso mínimo de um grão de bem que seja, o verá;
e cada qual que faz um peso mínimo de um grão de mal, deverá vê-lo."
(Alcorão, 99: 7-8).
No círculo do conflito contra o mundo sionista, o Movimento de
Resistência Islâmica se vê como ponta de lança ou como um passo à frente
no caminho da vitória. Junta suas forças às forças de todos que se
encontram atuando na arena palestina. Aguarda agora pelos passos a serem
tomados pelo mundo árabe e islâmico. O Movimento de Resistência
Islâmica se acha muito bem qualificado para o próximo estágio da luta
contra os judeus, os instigadores das guerras.
"Planejamos a inimizade e ódio entre eles (isto é, entre os judeus),
até o Dia da Ressurreição. Toda vez que eles acendem o fogo da guerra,
Alá o extingue. Eles procuram espalhar o mal sobre a terra, e Alá
detesta quem faz o mal." (Alcorão, 5:64)
Art. 33 O Movimento de Resistência Islâmica – partindo de tais
conceitos gerais, que se acham de acordo e em harmonia com as leis da
natureza, e seguindo a corrente do destino divino para confrontação com
os inimigos e a Jihad contra eles, em defesa dos muçulmanos, da
civilização islâmica e dos santuários islâmicos, sendo a Mesquita de
Al-Aksa a primeira – conclama os povos árabes e islâmicos e seus
governos, e suas ONGs e organizações oficiais, para respeitar a Alá em
suas atitudes para com o Movimento de Resistência Islâmica e no seu
tratamento para com ele. Devem agir para com o Movimento de Resistência
Islâmica da forma como Alá deseja, especialmente apoiando-o, mantendo-o,
ajudando-o e continuamente reforçando-o, até que a palavra de Alá seja
cumprida. Então, todas as fileiras estarão unidas, os combatentes da
Jihad se juntarão aos outros combatentes da Jihad, e as massas em todo o
mundo islâmico acorrerão e responderão ao chamado pelo cumprimento do
dever, gritando: "Apressemo-nos para a Jihad". Essa conclamação
penetrará nas nuvens do céu e continuará a soar até que a libertação
seja atingida, os invasores derrotados e a vitória de Alá seja vista.
"Alá com certeza ajuda quem O ajuda; Alá é forte e poderoso." (Alcorão, 22:40)
Capítulo V
As Provas Históricas Através das Gerações, com Vistas ao Enfrentamento dos Agressores
Art. 34 A Palestina é o centro da Terra e o ponto de encontro dos
continentes; sempre foi o alvo dos agressores gananciosos. Assim ocorreu
desde os primórdios da história. O Profeta, que receba a graça e a paz
de Alá, assinalou esse fato em suas nobres palavras com as quais se
dirigiu ao exaltado companheiro, Um'adh Jabal, dizendo: "Oh! Um'adh, Alá
lhe concederá as Terras de Al-Sha'm após minha morte, que vai de
Al-'Arish ao Eufrates. Seus homens, mulheres e o produto do trabalho de
suas mãos ficarão permanentemente nessas terras até o Dia da
Ressurreição, para todos aqueles que tenham escolhido viver em alguma
parte da planície costeira de Al-Sha'm ou Bayt Al-Makdis (Palestina),
que se encontrará em permanente estado de Jihad, até o Dia da
Ressurreição."
Os agressores cobiçaram a Palestina em muitas ocasiões. Foi atacada
com grandes exércitos tentando realizar suas gananciosas aspirações.
Grandes exércitos das Cruzadas vieram aqui, trazendo seu credo religioso
e fincando suas cruzes. Conseguiram derrotar os muçulmanos por um certo
tempo, e os muçulmanos só conseguiram reconquistar a região quando
lutaram sob a bandeira de sua própria religião, juntando as forças e
gritando "Alá Akbar", e se empenharam na Jihad sob o comando de Salah
Al-Din Al-Ayyubi, por cerca de duas décadas, o que os conduziu a uma
vitória retumbante: os Cruzados foram derrotados e a Palestina foi
libertada.
"Dizeis aos que não crêem: Sereis, sem dúvida, derrotados e reunidos
no Inferno. O vosso lugar de descanso será o mais terrível." (Alcorão,
3:12)
Trata-se da única forma de libertação, e ninguém pode duvidar do
testemunho da história. Trata-se de uma das leis do universo e leis da
realidade. Somente o ferro pode romper o ferro, e a falsa e fabricada fé
dos inimigos somente pode ser vencida pela fé verdadeira do Islã,
porque a verdadeira fé religiosa não pode ser atacada senão pela fé
religiosa. E a verdade deverá triunfar porque a verdade é mais forte.
"Já demos Nossa Palavra para Nossos servos, os mensageiros, e que
serão ajudados até a vitória e que o Nosso exército acabará triunfando."
(Alcorão, 37: 171 – 173)
Art. 35 O Movimento de Resistência Islâmica estuda a derrota das
Cruzadas nas mãos de Salah Al-Din Al-Ayyubi, a conseqüente libertação da
Palestina, bem como a derrota dos Mongóis em Ayn Jalut e a destruição
de sua força militar nas mãos de Qutuz e Al-Zahir Baybars, livrando o
mundo árabe da conquista dos mongóis, que destruiu todos os aspectos da
civilização humana. (14). [O Movimento de Resistência Islâmica] estuda
esses acontecimentos seriamente e extrai deles lições e exemplos. A
atual invasão sionista foi precedida pela invasão das Cruzadas do
Ocidente e pela invasão mongol do oriente. Se os muçulmanos enfrentaram
essas invasões, planejaram combatê-las e as derrotaram, podem (agora)
confrontar a invasão sionista e derrotá-la. Tal não é difícil para Alá,
desde que as intenções sejam sinceras e a decisão seja forte, e os
muçulmanos extraiam as boas coisas da experiência do passado, contenham
as influências da invasão intelectual e sigam os caminhos dos seus
predecessores.
CONCLUSÃO: Os Soldados (pela causa) do Movimento de Resistência Islâmica
Art. 36 O Movimento de Resistência Islâmica, em sua marcha à frente,
insiste em enfatizar a todos do nosso povo, e dos povos árabes e
muçulmanos, de que não busca fama para si próprio, ou ganhos materiais,
ou status social, e de que não se dirige contra quem quer que seja do
nosso povo, a fim de competir com alguém ou tomar-lhe o lugar – nada
desse teor. Não se opõe a qualquer muçulmano, ou a quaisquer
não-muçulmanos que tenham intenções pacíficas para com o nosso povo,
aqui, (na Palestina) ou em qualquer lugar. Sempre oferecerá nada mais do
que ajuda a todos os grupos e organizações que lutam contra o inimigo
sionista e seus lacaios.
O Movimento de Resistência Islâmica adota o Islã como seu modo de
vida. (O Islã) é seu credo e sua lei. (Qualquer grupo que) adotando o
Islã como seu modo de vida, aqui ou onde for – seja uma organização, uma
associação, estado ou qualquer outro grupo – o Movimento de Resistência
Islâmica o servirá como seu soldado. Pedimos a Alá que nos guie, que
guie (os outros) por nosso intermédio, e que faça o julgamento entre nós
e nosso povo com a verdade "Oh, Senhor, julgai entre nós e nosso povo
com a verdade. Sois o melhor dos juízes." (Alcorão 7:89).
No fim, suplicamos: Louvado seja Alá, Senhor do Universo.
Palestina, 1º de Muharram de 1409 AH/ 18 DE AGOSTO DE 1988
Tradução: Organização Sionista do Brasil
Notas da tradução (trechos explicativos entre parentes foram acrescentados ao texto):
- Islamonline, http://www.islamonline.net/Arabic/doc/2004/03/article11.SHTML
- Hasan Al-Banna (1906-1949) fundou a Fraternidade Muçulmana em 1928, e foi seu diretor-geral até o seu assassinato em 1949.
- Amjad Al-Zahawi foi um acadêmico religioso sunita iraquiano, filiado ao Movimento de Resistência Islâmica, e atuante em várias iniciativas em apoio da causa palestina.
- Hamas, em árabe, é o acrônimo de Movimento de Resistência Islâmica (harakat al-muqawam al-islamiyya); é também uma palavra árabe significando entusiasmo, ardor ou zelo.
- Devido à importância do conceito de jihad na ideologia do Hamas, este termo figura assim onde aparece no texto.
- Os versos de Muhammad Iqbal (1873-1938), um poeta e pensador religioso muçulmano hindu, é freqüentemente citado tanto por reformistas como conservadores muçulmanos, em apoio às suas respectivas orientações, embora opostas.
- Trata-se de verso freqüentemente citado do famoso poeta pré-islâmico Tarafa.
- Nos escritos islâmicos medievais, Al-Sha'm se refere, grosseiramente, a toda uma área que corresponde presentemente a Israel, Palestina, Líbano, Jordânia e Síria.
- A palavra "nacionalismo" aqui, neste documento, é usada como equivalente ao termo wataniyya, que deriva da palavra árabe watan (pátria), e no discurso árabe moderno significa nacionalismo territorial particularizado, em contraposição a qawmiyya, que também significa nacionalismo, mas é usada para se referir ao nacionalismo pan-árabe.
- A expressão "os seguidores dos movimentos islâmicos" é usada aqui para traduzir a palavra árabe al-islamiyyum.
- No texto original árabe, esse verso consta, erradamente, como 3:102
- Trata-se de um Hadith muito conhecido (isto é, um ditado atribuído ao Profeta)
- Tratam-se de dois versos muito citados do poeta do Século VII, Miskin al-Darimi
- Saif Al-Din Qutuz ( - 1260) foi o Sultão mameluco do Egito, de 1257 até sua morte. Em 1260, o comandante de seu exército, Al-Zahir Baybars (1223-1277) derrotou os mongóis na batalha de Ain-Jalut.
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