Semana passada, Carmen Álvarez Excelsior
escreveu uma reportagem para o Salem-News.com alegando que o conhecido
cartel de drogas Los Zetas tentará derrubar o governo mexicano no ano
que vem usando armas enviadas pelos Estados Unidos.
Excelsior disse que a violenta quadrilha usa um aeroporto em Fort Worth, Texas, para transportar as armas para o México. Rejón Aguilar , um dos sete membros orginais do Los Zetas, que foi recentemente capturado pela polícia
, disse a autoridades mexicanas que a quadrilha comprou armas
diretamente do governo dos EUA durante a Operação Velozes e Furiosos.
Excelsior informou que armas de
categoria militar também são trazidas para o país através das
fronteiras de El Paso-Ciudad Juarez e Palomas-Columbus.
“Muitas das armas foram
armazenadas em locais seguros. Eu acho que os Los Zetas estão
armazenando as armas para as vindouras eleições de 2012” disse Robert
Plumlee, um piloto da CIA que testemunhou perante o Congresso sobre o
tráfico de drogas e armas.
Phil Jordan, ex-diretor da DEA
em El Paso, confirmou a reportagem. Ele disse que os estoques de armas,
incluindo mísseis antiaéreos, são transportadas pelo aeroporto de
Dallas-Fort Worth. O cartel de drogas montou empresas de fachada para
comprar armas diretamente através de um programa do Departamento de
Estado.
Os itens contrabandeados para o
país, a partir de Fort Worth, supostamente incluem granadas, lançadores
de granadas, mísseis antiaéreos, coletes, rádios, aparelhos de GPS,
binóculos de visão noturna e outros.
A pesquisa de armas de pequenas
porte publicada pelo Instituto de Estudos Internacionais e
Desenvolvimento da Suíça em 2011 relata que o México é o importador
número um de diferentes tipos de lançadores de granadas. O México
importou 429 unidades seguido pela Letônia com 250.
De acordo com a Patrulha de
Fronteira dos EUA, o Los Zetas comprou diversas propriedades em ambos os
lados da fronteira e usa os locais como paiol de armas.
O plano dos Los Zetas para
derrubar o governo mexicano foi revelado em uma reportagem há duas
semanas pelo El Paso Times. Jordan e um ex-piloto da CIA, Robert
Plumlee, disseram ao jornal que os Los Zetas transportaram armas para
áreas de fronteira em El Paso-Ciudad Juarez e Columbus-Palomas para
reforçar suas tropas na luta contra cartéis rivais e possivelmente
tumultuar as eleições de 2012.
Os cartéis de drogas do México
são financiados em parte por banqueiros internacionais. Durante um
julgamento no ano passado na corte federal dos EUA, descobriu-se que o Banco Wachovia (agora propriedade da Wells Fargo) comprou aviões que enviaram cocaína.
O banco também lavou U$ 378,4 bilhões do dinheiro das drogas.
“ O flagrante desrespeito do
Wachovia por nossas leis bancárias internacionais deu ao cartéis de
cocaína uma eficaz carta branca para financiar suas operações”, disse Jeffrey Sloman, o promotor federal encarregado do caso Wachovia.
Em 2009, o diretor do grupo de monitoramento das Nações Unidas para drogas e criminalidade, Antonio Maria Costa,
disse em uma entrevista divulgada pelo semanário austríaco Profil que o
dinheiro ganho com o comércio ilegal de drogas foi usado para impedir
que bancos afundassem durante a crise financeira global. A unidade de
Costa encontrou evidências de que “ empréstimos interbancários foram
financiados por dinheiro vindo do comércio de drogas e outras atividades
ilegais.”
Além do contrabando de armas para o México, o governo dos EUA tem colaborado estreitamente com os cartéis de drogas por anos.
De acordo com documentos
judiciais arquivados no Tribunal Distrital dos EUA, no Distrito Norte de
Illinois em Chicago, o filho de um chefão do narcotráfico mexicano
trabalhou para o governo dos EUA. Jesus Vicente Zambada Niebla, filho de
Ismael “El Mayo” Zambada Garcia, um dos chefões do cartel de drogas
Sinaloa, trabalhou como colaborador para os Estados Unidos.
Niebla está ligado ao jato Gulfstream II que caiu com quatro toneladas de cocaína
a bordo em 24 de setembro de 2007. Investigadores europeus vincularam o
número na cauda do avião, N987SA, a operações de “rendição”
anteriores da CIA. A nota fiscal de venda
do jato Gulfstream, vendido semanas antes da queda do avião, registrou o
nome de Greg Smith, um piloto que já tinha trabalhado para o FBI, a DEA
e a CIA.
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