JESUS NÃO MORREU ESPIRITUALMENTE, MAS CARREGOU NOSSA MORTE ESPIRITUAL

(observações sobre o sofrimento substitutivo de Cristo em sua morte)

Ainda em carne, ali na Cruz, Jesus Se deu em espírito, alma, e corpo, derramando Seu sangue (vida) em substituição expiatória pela salvação da humanidade. Um anjo poderia ter dado seu espírito por nossa salvação, mas isso não satisfaria as exigências da Justiça. Por isso Jesus precisou vir em carne. É claro que Sua morte substitutiva envolveu o sofrimento em Espírito, mas este cessou quando o diabo perdeu seu direito legal sobre Ele quando se consumou Sua morte física.
O pecado da humanidade, nossos espíritos mortos, nossas doenças e os demônios que nos escravizavam estavam ali na cruz pesando sobre o Seu ser integral, O atormentando e oprimindo. Ele sofria em carne as conseqüências de nossos pecados ali na cruz. Quando Seu corpo morreu, Seu espírito O deixou juntamente com a alma, satisfazendo a sentença de morte que estava sobre nós e desceu para o Hades. 

Como Seu espírito e alma não tinham pecado Ele foi para o compartimento do Hades em que ficavam os justos – o seio de Abraão. Não houve a morte ou possessão pelo demônio de Seu espírito como dizem alguns seguidores de E.W Kenyon e Kenneth Hagin, apesar dEle estar carregando consigo nossos espíritos, pois havíamos morrido juntamente com Ele para o pecado. O espírito justo de Jesus (que pelo espírito eterno se ofereceu em sacrifício a nosso favor) não morreu espiritualmente, apesar de ter carregado SOBRE si a nossa morte espiritual. Ele não adquiriu a natureza do diabo (rebelião), mas pelo espírito eterno nos transferiu a Sua Justiça (obediência), pois nunca deixou de ser justo, reto, e nunca cometeu dolo. 

A idéia de que Seu espírito tivesse sido escravizado e atormentado pelo diabo no inferno não é real. Aliás, naqueles 3 dias (incompletos) em que esteve no Hades, Jesus iluminou as trevas, veio ao encontro dos que O aguardavam no Paraíso e evangelizou os espíritos em prisão. Ele se revelou como o Messias que havia sido prometido para os cativos da esperança.

Na verdade nós que fomos crucificados e morremos a cada dia com Ele neste mundo, fomos
justificados, somos a Justiça de Deus em Cristo, reinamos também com Ele pela Palavra da Fé em nossos corações e lábios. Ressuscitamos com Ele. No Nome de Jesus recebemos TODA autoridade espiritual em carne, não quando formos para o céu, porque estamos submissos a Seu Senhorio e já estamos assentados com Ele legalmente nos lugares celestiais.

Somos cidadãos do céu, Novas Criaturas, filhos de Deus, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. Não precisamos ter doença e opressão, nem derrota, nem pobreza porque Ele já levou a doença e a opressão e a pobreza do diabo a nosso favor sobre Si no Calvário (Is 53),
de modo que nos abençoará com saúde sobrenatural. E se porventura ficarmos doentes ou passarmos no vale da morte temos a provisão de cura e ressurreição pelas Suas pisaduras pelas quais fomos curados, se tão somente tomarmos posse das promessas. Somos prósperos porque temos uma atitude de obediência (Dt28) e agimos de acordo com Sua Palavra.

Podemos no Nome de Jesus ser senhores sobre Satanás, o mundo e a carne. Estamos identificados completamente com Ele, e Ele conosco. O homem velho morreu com Ele, um Novo Homem criado segundo Cristo é quem vive agora. Ele é vencedor e mais do que conquistador por Cristo. Não há mais porque murmurar, nem choramingar nem para ficar implorando a Deus o que já lhe foi prometido na Palavra, mas pela fé ele receberá tudo o que é seu (com ações de graças) e despojará o diabo, pois Jesus nosso capitão pisou na sua cabeça, quando ele feriu seu calcanhar no calvário, e nos restituiu tudo.

PONTOS A FAVOR DE SEU SOFRIMENTO VICÁRIO EM SEU SER INTEGRAL

AINDA EM CARNE NA CRUZ E NÃO POR UMA SUPOSTA MORTE DO ESPÍRITO
DE JESUS E CASTIGO NO CALABOUÇO DO INFERNO.

1)Marcos 14:32-36 Então, foram a um lugar chamado Getsêmani; ali chegados, disse Jesus a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou orar. E, levando consigo a Pedro, Tiago e João, começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia. E lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai. E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se possível, lhe fosse poupada aquela hora. E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.

A alma e o espírito de Jesus se angustiaram de morte, mas não pecaram, nem cederam a Satanás e ao pecado por nenhum momento, nem jamais foram controlados por Ele para praticar rebelião (a natureza do diabo), portanto não morreram espiritualmente, somente  suportaram sobre si a morte espiritual da humanidade. Seu espírito e alma não foram invadidos pelo reino das trevas, apenas lutaram contra ele.

2)Lucas 22:43-44 Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.

Jesus foi fortalecido pelo Espírito Santo e por meio dEle se ofereceu em sacrifício de sofrimento em expiação a Deus, sem pecado. O Espírito Santo nunca deixou Jesus, nem na cruz, nem no Hades, antes foi co-autor da Redenção junto com Ele. Foi pelo Espírito eterno que Jesus se ofereceu a Deus em sacrifício e que Ele Ressuscitou e Subiu ao céu. Enquanto vivo, Seu sofrimento espiritual se manifestou também no físico. Porém seu maior sofrimento foi espiritual. Seu espírito contraiu nossas doenças e inquidades.

3)João 6:51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.

João 6:54 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o
ressuscitarei no último dia.

Jesus deu o seu corpo e o Seu sangue (vida) em substituição pela salvação da humanidade.

Um anjo poderia ter dado seu espírito por nossa salvação, mas isso não satisfaria as exigências da Justiça. Nem que esse anjo fosse escravizado e contraísse a natureza de Satanás, fosse atormentado no inferno em nosso lugar. Por isso Deus Filho precisou vir em carne. Sua morte substitutiva envolveu Seu sofrimento em Espírito, Alma e Corpo enquanto estava em carne. Jesus apontou para a dádiva da Sua vida através de Sua carne moída, Suas pisaduras e do sangue, e não para um sofrimento no Inferno. Um homem justificado pelo
cordeiro Jesus não poderia pagar a penalidade por um pecador no dia de hoje indo para o inferno em seu lugar, embora possa ser instrumento para a sua salvação. Um cordeiro sem mancha ou defeito precisou morrer por todos e somente Ele.

4)2 Coríntios 5:21 Aquele que não conheceu pecado, Ele O fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus.

Ele se tornou pecado ali na cruz (carregou as conseqüências de nossos pecados e ficou  imerso ou batizado nas trevas e maldição dos nossos pecados), mas não se tornou pecador. 

Deus condenou, na Sua carne, semelhante à carne pecaminosa, o pecado da humanidade (Rm 8:3). Sua alma e Seu espírito padeceram em carne, mas não pecaram. Ele fez isso para nos justificar, assumindo nossa punição e nos dando a Sua vida e justiça, transmitindo-nos uma Nova Natureza pelo Novo Nascimento.

5)João 10:17-18 Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir.

Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.

Jesus em si mesmo tinha autoridade para reaver Sua vida física, ressuscitando dos mortos. O
diabo não O podia matar, nossos pecados não O poderiam matar, Ele se entregou para que por Sua morte vivêssemos por meio dEle. Espiritualmente, mesmo que morto fisicamente,

Ele era ainda a Ressurreição e a Vida, apenas tinha que esperar que legalmente fossemos justificados, para Ressuscitar junto conosco. Ele morreu a nosso favor e carregou nossa morte espiritual sobre o Seu espírito, porque nos amou. Creio que Ele tinha porém que permanecer morto corporalmente pelo testemunho de dois ou três dias, para confirmar legalmente a substituição que fazia. Ele sempre esteve no controle, nunca foi dominado ou controlado pelo diabo. Embora a morte espiritual estivesse sobre Ele, em corpo, alma e espírito, lá na cruz, ela nunca entrou em Seu espírito, que sempre foi habitação do Espírito Santo. Ele nunca se uniu ao diabo. Antes pelo Espírito sofreu a penalidade do pecado.

6)Marcos 15:33-34 Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona. À
hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

Deus não podia ver pecado nem ter comunhão com as trevas, nem olhar para Seu Filho, coberto (mas não invadido) com as trevas de todos os nossos pecados e oprimido (porém não dominado) por todos os demônios do inferno. Contudo Deus não O havia abandonado, que estava através do Espírito eterno realizando a obra da redenção. Jesus não se afastou do Pai, apesar da dor da morte e da opressão. Ele O temia e O reverenciava durante a crucificação (Sl 22). Ele foi afastado da comunhão do Pai como quem se despe de sua glória e se reveste da vergonha do homem com quem se identificava. Ele se identificou com os pecadores e seu sofrimento e não com o pecado ou com o diabo.

7)João 19:28 Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! João 19:30 Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito.

Com a morte substitutiva de Jesus a obra da Redenção estava potencialmente consumada, Jesus fazia então a Sua última profecia em carne, Ele morreria em seguida. Está consumado (no grego TETELESTAI) queria dizer na linguagem do mercado “está pago” (um recibo de que o preço havia sido pago). Jesus pagara o preço da nossa redenção com o sofrimento de Seu ser integral, representado pelo seu corpo moído e com seu sangue vertido em amor (João 6:55)!

8)Mateus 27:50-53 E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas; abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.

O véu rasgado queria dizer que o sacrifício do cordeiro sem mancha bem defeito fora aceito e agora o acesso a Deus havia sido aberto a todos pelo corpo moído de Jesus porque Jesus morrera por todos. Através do corpo rasgado de Jesus temos acesso à presença de Deus. 

Alguns santos do A.T. que dormiam foram tirados do seio de Abraão e ressuscitaram porque o preço de sua redenção total já fora pago pela morte de Jesus. O terremoto mostra que Deus Pai ouvira a oração de Jesus na cruz e viera em socorro a Jesus ( cf Sl 18:7).

9)Lucas 23:39-43 Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez.

E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. Quando Jesus morreu, porque era justo, foi para a parte do Hades chamada de Seio de Abraão ou paraíso. Naquele dia mesmo Seu espírito e o espírito do ladrão (já justificado por fé por Jesus) se encontrariam no paraíso. O espírito de Jesus carregando o pecado da humanidade não precisava ser justificado porque era justo. Contudo a Sua carne não ressuscitaria até que se cumprisse o tempo determinado pela Justiça para se manifestar Sua Justiça a nosso favor e quando Seu corpo morto por nós viesse a ser reempossado pelo espírito de Jesus, sendo vivificado e justificado pelo Espírito e nós com Ele. Foi necessário o testemunho de três dias com Seu corpo na morte, para confirmar a redenção dos da Antiga Aliança e dos que viriam a crer nEle na Nova Aliança. Quando Ele ressuscitou fisicamente, nós ressuscitamos espiritualmente com Ele pelo Espírito Eterno. Um dia ressuscitaremos ou seremos transformados fisicamente no Arrebatamento.

10)Lucas 16:23 E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio.

1 Pedro 2:18-20 Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca.

O Hades tinha dois compartimentos: o inferno propriamente dito e o seio de Abraão. Jesus não foi ser atormentado no inferno. Foi buscar os que morreram na esperança de Sua vinda e sacrifício, foi pregar também aos espíritos antediluvianos em prisão. Ele fez isso porque estando morto em carne tinha acesso pelo Espírito à eternidade. Creio que é também pelo Espírito Eterno que Cristo tomou 2000 anos atrás nossos pecados e doenças de hoje e nos ministra agora a sua justiça, vida, saúde e poder.

11)Lucas 23:44-46 Já era quase a hora sexta, e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona. E rasgou-se pelo meio o véu do santuário. Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou.

Jesus não entregou o espírito ao diabo para ser atormentado por ele, mas nas mãos do Pai.

Na verdade o espírito de Jesus sempre foi um com o Espírito Santo eterno, mesmo quando carregou nossos pecados, doenças e morte. Ele manteve a comunhão no espírito com o Pai na cruz, até a Sua morte, embora não sentisse mais a Sua presença e se sentisse abandonado por Ele, por causa de estar se identificando conosco sofrendo as conseqüências da nossa separação de Deus. Na verdade Deus não O desamparou, mas conscientemente O entregou para receber nossa punição. Ele se sentiu como que desamparado por Deus, porque era assim que nos sentíamos em nossa morte espiritual (Sl 18:9,11). Contudo Salmo 18:16-19 diz que Deus veio ao Seu socorro e O levou a um lugar espaçoso – o Seio de Abraão. As trevas durante a crucificação são provavelmente a materialização dos pecados da humanidade e dos demônios do inferno que estavam sobre Ele ali na cruz.

12)Mateus 27:57-60 E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho e o  depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou. Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca.

Até mesmo o corpo de Jesus foi considerado o corpo de um justo, depois que Ele morreu fisicamente. Como teria Seu espírito ainda ter que ser judiado e condenado no inferno como um ímpio? Ele esteve confinado ali também porque tinha que ministrar ali antes de ressuscitar.

13)Atos 2:26-27 Por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; além disto, também a minha própria carne repousará em esperança, Pois não deixarás a minha alma no
Hades, nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção.

Atos 2:31 Nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no Hades, nem a sua carne viu a corrupção.

Salmos 16:10 Pois não deixarás a minha alma no inferno (Sheol – mundo dos mortos), nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.

Jesus não ficou por muito tempo no mundo dos mortos, chamado de Sheol em Hebraico, Hades em Grego e Inferno no vernáculo latino. Ao raiar do terceiro dia Ele ressuscitou e a partir desse dia pode levar consigo para o céu cativo o cativeiro, esvaziando o seio de Abraão que era um compartimento do Hades. Seu corpo não sofreu corrupção, seu espírito e alma serviram a Deus enquanto morto, mostrando que uma vez julgado sob a ira enquanto na
carne, não precisava sofrer ira nem mesmo em Seu corpo depois de morto.

14)João 20:17 Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu
Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.

Hebreus 9:12 não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. Jesus ainda não havia subido ao Pai para ser recebido (agora também como homem, a nosso favor) no céu para ser glorificado. Ele não queria ser detido, segurado, pois tinha pressa. Queria voltar o quanto antes para a glória do Pai de onde viera. Ele não carregou fisicamente Seu sangue para o céu, pois o havia derramado sobre a terra, mas em metáfora por meio desse sangue (no grego diá = por meio e não com) que Ele derramou na cruz (no altar) Ele entrou no Santo dos Santos celestial (com Seu corpo ressurreto de carne e osso).

15)1 Pedro 3:18-20 Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água. 

1 Pedro 4:6 pois, para este fim, foi o evangelho pregado também a mortos, para que, mesmo
julgados na carne segundo os homens, vivam no espírito segundo Deus. Ele morreu na carne e foi vivificado pelo Espírito Santo no qual foi e pregou aos mortos enquanto morto. Ele não poderia fazê-lo se estivesse ainda culpado e castigado em tormentos pelo Diabo, até que fosse castigado o suficiente (Quanto e durante quanto TEMPO Ele teria de sofrer para pagar por todos os pecados da humanidade toda em todos os tempos? Para o espírito fora do corpo morto o tempo é o mesmo?). Na verdade Ele venceu a morte, a doença e os pecados e o diabo DE FORMA LEGAL através da Sua MORTE EM CARNE sem pecado. Legalmente depois dos três dias Ele reassumiu Seu corpo expulsando o espírito de morte dele e ao mesmo tempo disponibilizou pelo Espírito Eterno a nossa Ressurreição.

16)1 Pedro 4:1 Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com  este pensamento: que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado.

Jesus padeceu em carne e não foi atormentado em Seu espírito enquanto Seu corpo estava morto. Ele não estava sendo atormentado pelo diabo quando Ele esteve ministrando aos irmãos da antiga aliança no seio de Abraão e testificando aos espíritos dos rebeldes antediluvianos. De fato a luz do espírito de Jesus iluminava o Hades e não o Hades extinguia a vida espiritual de Jesus. Durante Seu tempo de Substituição a nosso favor Ele não cessou de ser uma fonte inesgotável de amor, luz e justiça. Mesmo que Ele tivesse ido à parte do Hades correspondente aos danados, Ele ali atormentaria o diabo e os danados inveterados e
não o diabo O atormentaria.

17)1 Timóteo 3:16 Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em Espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória.

Jesus nos redimiu por Sua morte em carne e foi justificado na ressurreição pelo poder do Espírito Santo. Não foram Seu espírito e alma que foram justificados, Ele sempre foi justo.

E sim o homem integral Jesus, carregando-nos consigo, que havia assumido o nosso pecado, foi justificado pelo Espírito, e nós com Ele.

18)Colossenses 1:24 Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja; Paulo assim como a liderança do corpo de Cristo gerando novos convertidos e zelando pela igreja de Deus e nós intercedendo uns pelos outros não sofremos a morte espiritual e sofrimento deles, mas estes são assimilados pelo Espírito de Jesus que vive em nós, completamos assim os sofrimentos de Cristo por seu povo.

19)Romanos 8:3 Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado.

O pecado foi condenado na carne de Jesus, embora isso não envolvesse somente o físico, pois Seu Espírito sofreu através da carne com o peso da morte espiritual do homem.

20)Hebreus 9:14 muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!

2 Coríntios 5:21 Aquele que não conheceu pecado, Ele O fez pecado por nós; para que, nEle,
fôssemos feitos justiça de Deus.

Ele nunca pecou, nem se uniu ao pecado ou a Satanás, embora tenha se tornado pecado. Isto é uma metáfora referente ao fato que todos os pecados da humanidade e sua maldição e decorrente sofrimento foram colocados sobre Ele. Ele nos purifica através do Seu amor e vida sem pecado derramados a nosso favor. O sangue derramado é símbolo desse amor ministrado através do Espírito Eterno, que operou até mesmo no Hades.

21)Colossenses 1:22 agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua
morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, Paulo aqui não fala nada de Jesus ter de morrer espiritualmente e ficar num calabouço onde teria sido atormentado para nossa justificação. Ele nos reconciliou consigo no Seu corpo que morreu por nós. Ali na cruz em Seu ser integral Ele foi atormentado em carne a nosso favor pelas hostes infernais. Até que o Espírito de Morte tomou Seu corpo.

22)Efésios 2:15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz.

Ele cumpriu a lei do Antigo Testamento através de Sua morte e portanto aboliu a lei cerimonial na sua carne. Fomos feitos uma Nova Criação sob uma Nova Lei – o Amor.

23)João 20:22 E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
Contudo legalmente essa Nova Aliança só começou com Sua ressurreição. Os discípulos já podiam Nascer de Novo e receber o Espírito Santo.

24)Hebreus 2:17 Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo.

Hebreus 4:15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Hebreus 9:11-12 Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados,
mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.

Enquanto vivia Ele foi tentado em tudo, sem pecar. Quando morreu não podia mais ser tentado. Através de Seu sangue derramado (Seu amor e vida doados na substituição) Ele entrou no Santo dos Santos, no tabernáculo celestial (seu corpo ressuscitado glorificado, primogênito da nova criação)

25)Hebreus 9:26,28 Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. ... assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.

Hebreus 10:20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela Sua carne.

Hebreus 13:20 Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança.

Apocalipse 1:18 e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.

Ele aniquilou o pecado e a morte através de Sua morte para o pecado e Ressurreição. Quem
crê e confia nEle recebe a chave para sair dela e a vencer. Ele se ofereceu como Sumo Sacerdote e Cordeiro. Sua carne foi o véu rasgado. O caminho e o altar foi a cruz.

26)1 Timóteo 1:17 Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!

1 Timóteo 6:16 o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A Ele honra e poder eterno. Amém!

Deus não morreu na cruz ou no inferno. Ele é imortal. Ele não se tornou pecado. Quem morreu e se “tornou pecado” foi Jesus Cristo homem, que veio em carne para sofrer em carne por nossos pecados.

Hebreus 1:3 Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas Ele não precisava ser purificado de pecados. Ele não os tinha. Era Ele pelo Espírito Eterno quem estava purificando os pecados do homem, tomando-os sobre si. Ele tinha autoridade para dar Sua vida a nosso favor e para reavê-la.

27)Hebreus 2:9 Vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os
anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que,
pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem.

Ele não se tornou menor do que os anjos por causa do sofrimento, mas porque veio em carne
e se despiu de Seus atributos divinos, embora nunca deixasse de ser Deus. Jesus foi coroado de glória por causa de Sua obediência e sacrifício substitutivo.

28)Hebreus 2:14 Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo.

O diabo foi destruído legalmente através da morte de Jesus. Jesus não precisou queimar ou castigar ou exercer algum poder sobre o diabo para vencê-lo no inferno. Só permanecer obediente e sem pecado a nosso favor. A chave que Jesus tirou do diabo foi uma chave legal que permitia que ele dominasse sobre o homem através da culpa pelo pecado e do medo da morte. Agora no Nome de Jesus temos a chave, a autoridade para resistir e expulsar o diabo.

29)Filipenses 2:6-8 pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.

Jesus sempre foi Deus, mas estando em carne se esvaziou das prerrogativas da divindade. Não foi como Deus que Ele pagou a penalidade e foi substituto de nosso pecado, mas como homem sem pecado e sem mácula. Como Deus Pai Ele deu Seu Filho. Como Filho foi obediente até a morte na cruz. Como Espírito Ele manifestou a Salvação para os que recebem a mesma pela fé no sacrifício de Jesus. Seu sacrifício foi caracterizado pela obediência até a morte, e morte de cruz, não a morte de Seu espírito no inferno.

Por Clayton Bezzan
c_bezzan@ig.com.br

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