Alguns internautas me fizeram as seguintes perguntas sobre a guarda
do sábado: “Se guardar o sábado hoje é legalismo, por que o próprio
Cristo o guardou, ao andar na terra? A instituição da guarda do sábado é
anterior à lei mosaica; ocorreu em Genesis 2, quando ainda não existia
Israel. Isso não significa que esse mandamento é para todos povos? Como
defender que esse mandamento não é para a Igreja, se em êxodo 20 e
Isaías 56 menciona-se o estrangeiro?
é importante observar que o Senhor Jesus respeitava os costumes dos
judeus, a ponto de ter sido circuncidado por seus pais ao oitavo dia!
Por que os guardadores do sábado não fazem o mesmo? Guardar a lei não é
apenas observar os dez mandamentos. Estes são apenas um resumo da lei
mosaica. Veja o que o apóstolo Tiago disse:
A posição do Mestre sobre o sábado é clara. Leia Mateus 12.1-14. Ele
nunca ensinou os seus discípulos a guardarem o sétimo dia. Por que Ele
não fez isso, já que tal mandamento é tão relevante? Ao ser questionado
pelos religiosos, Ele não fez a mínima questão de salientar que o tal
mandamento é atemporal e aplicável à sua Igreja. Ele preferiu responder
com outra pergunta: “é lícito no sábado fazer bem ou fazer mal? Salvar a
vida ou matar? E eles [os fariseus] calaram-se” (Mc 3.4).
Note que a lei e os profetas duraram até João Batista (Lc 16.16).
Este profeta viveu no período neotestamentário, mas seu ministério
obedeceu aos parâmetros prevalecentes no Antigo Testamento. Com a
manifestação do Verbo de Deus, além do ministério profético
veterotestamentário, a lei mosaica deixou de vigorar. Ele inaugurou um
novo tempo! A graça e a verdade vieram por Jesus Cristo (Jo 1.17; Rm
10.4). Meditemos em Gálatas e tenhamos cuidado com o “outro evangelho”
(1.6-12).
Quem disse que a instituição da guarda do sábado se deu em Gênesis 2?
Ali, Deus apenas santificou o sétimo dia, após ter concluído a obra da
Criação. A instituição da guarda do sábado se deu oficialmente depois da
saída do povo de Israel do Egito (êx 16; 20). Uma coisa está atrelada à
outra (Dt 5.12-15). Veja se os patriarcas guardavam o sábado! Abraão,
Isaque, Jacó e José o guardaram? Aliás, será que os adventistas já
observaram que Deus trabalhou no sétimo dia? “E, havendo Deus acabado no
dia sétimo a sua obra [...]” (Gn 2.2).
A guarda do sábado é um mandamento exclusivo para o povo de Israel
(êx 31.13). Isso está escrito na Bíblia. Leia êxodo 20.1,2, com atenção:
“Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR, teu
Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”. Quem foi
tirado do Egito, da casa da servidão, a Igreja ou o povo de Israel?
Quanto ao estrangeiro, mencionado em êxodo 20 e em outras passagens
correlatas, é óbvio que ele teria de guardar o sábado também! Todo
estrangeiro deve cumprir a lei que vigora no país onde ele reside. Se eu
for morar em algum país, como Estados Unidos ou Alemanha, por exemplo,
será que viverei lá como se estivesse no Brasil? Claro que não! Terei de
respeitar a lei vigente ali.
Aliás, já que estamos discutindo se êxodo 20 e passagens afins são
para Israel ou para a Igreja de Cristo, gostaria de saber se os animais
dos irmãos que seguem fielmente o Decálogo também guardam o sábado!
Afinal, o mandamento em apreço era extensivo aos animais: “o sétimo dia é
sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu [...] nem
teu animal” (êx 20.10).
O texto de Isaías 56 contém uma promessa para Israel a respeito da
guarda do sábado. Essa passagem alude ao povo israelita, à semelhança de
êxodo 20. Nesse caso, o que eu asseverei sobre os estrangeiros, acima,
também se aplica a todas as passagens correlatas. O que os cristãos
observadores do sábado precisam mostrar, na verdade, é o mandamento da
guarda do sábado para a Igreja de Cristo, no Novo Testamento! Fica aqui o
desafio.
Concordo plenamente, acrescento ainda o devolver dízimos, imortalidade da alma (desde que se entenda que a parábola do Rico e Lázaro é imprópria para se comprovar, está é uma alegoria), dentre outras, deve-se comprovar dentro do Novo Testamento.
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