Os cemitérios estão sendo transformados no
quarto de dormir de milhares e milhares de pessoas que, acredite se quiser,
ainda não morreram.
Estão vivas… Ou quase isso. Encontram-se num estado
realmente precário, necessitando urgente de algo que as tragam de volta à verdadeira vida. Algo como o… Despertador
da Morte.
A
preposição usada nos leva a mais de um significado, e acredito que a maioria
das pessoas logo conclui que, aqui neste caso, Despertador da Morte refere-se a um despertador que pertence à morte.
A mensagem que gostaria de tratar hoje na verdade segue outro contexto. O que
eu particularmente batizei como “Despertador da Morte” é algo que irá lhedespertar da morte, e não que pertence à mesma.
Morte? Que morte? Do que você está
falando?
Refiro-me a uma curiosa e bem
profunda passagem que se enquadra perfeitamente com o estado espiritual de
muitas pessoas que nem sequer o percebem. Ela se encontra em Efésios 5.14,
acompanhe:
“Pelo que diz: Desperta, ó tu que
dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.”
Está
vendo? Não sou eu quem estou pegando pesado. Paulo é quem começou, já mandando
essa granada espiritual em cima dos efésios e que hoje serve perfeitamente para
a igreja dos últimos dias. O apóstolo parece não ter pensado duas vezes ao usar
a metáfora DESPERTAR, uma vez que, ao receber notícias de como andava os
cristãos de Éfeso, concluiu que todos não estavam fazendo outra coisa senão
DORMINDO. E dormindo muito. Dormindo como mortos!
O que Paulo estava querendo dizer com
esse simbolismo é bem óbvio, apesar de altamente necessário ser lembrado. Estar
“dormindo”, ou pior, “morto”, é não estar fazendo nada. É estar parado, sem
ações, sem obras, sem frutos.
“Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.” (Tiago
2.17)
À luz da Bíblia, também é considerado
“morto” – e isso chega até ser um paradoxo – aquele que ama muito a
sua própria vida. Está demasiadamente preso a ela, à suas concupiscências, seus
prazeres, suas mordomias. Pessoas que estão na igreja, intitulam-se como
“crentes” e às vezes até como “cristãos”, mas que levam uma vida à vontade.
Sem
compromisso algum. Não estou falando de gente que anda com pecados escondidos
ou algo parecido. Não, eles até são, de certa forma, “retos”, mas são aqueles
servos que só fazem o que lhe é obrigado. E o próprio Cristo quem adverte que
“os servos que fazem somente o que devem fazer, são considerados inúteis” (Lc
17.10)
Amam
demais às suas próprias vidas para se preocupar com alguma obra missionária,
algum relacionamento mais íntimo com Deus, qualquer tipo de renúncia…
“porque aquele que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a
sua vida por amor de mim achá-la-á.” (Mt 16.25)
Estão, infelizmente, dormindo. O sono
da morte. Totalmente indiferentes a tudo e todos ao seu redor. Hey, meu amigo,
espero que este não seja o seu estado, mas caso seja, tome como Despertador da
Morte essa poderosa palavra que Paulo escreveu e busque ainda hoje se possível,
levantar-se de tal marasmo espiritual e correr atrás de uma nova e inesquecível
experiência com o Pai.
Ele não apenas quer vê-lo acordado como precisa de
ti acordado, bem disposto, com todas as energias possíveis para executar Sua
boa obra. Será que Deus pode contar contigo, ou
você vai preferir continuar estático na cama de um cemitério?
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