Segundo informações da revista científica Food Safety News, pesquisadores da de Maastricht, na Holanda, teriam descoberto uma maneira de criar carne artificial em laboratório.
O alimento artificial, além de ser capaz de resolver o problema da fome no mundo, também diminuiria os impactos no meio por reduzir o sofrimento dos animais. Segundo Mark Post, do projeto, a expectativa é iniciar a produção ainda em 2012.
Criada a partir de células musculares, a carne artificial é parte de uma iniciativa financiada pelo holandês. O grupo de Post também recebeu uma doação anônima no valor de 300 mil euros e tem como grande desafio descobrir uma forma de produzir o produto para distribui-lo em grande escala e reduzir os custos de fabricação.
A de Maastricht, porém, não é o único local onde sobre o assunto estão sendo realizadas. Mais de 30 equipes de pesquisadores de carne artificial estão espalhadas pelo mundo, E uma delas está localizada no Brasil e é liderada pelo cientista Vladimir Mironov. O grupo PETA, que luta pelos direitos dos animais, ainda oferece uma recompensa de US$ 1 milhão para o cientista que conseguir produzir carne de frango em laboratório até 2016.
Os estudos concluíram que se o crescimento populacional continuar seguindo as proporções atuais, nos próximos 40 anos o mundo deverá abrigar nove bilhões de pessoas. Com um contingente tão grande, deverá haver disputas por terra, água e inclusive comida.
O desenvolvimento tecnológico tem melhorado a produção de alimentos. Foram criadas técnicas de plantio com controle de pragas e melhorias na qualidade das sementes. A tecnologia também melhorou as condições da pecuária.
Estudos genéticos proporcionaram a inseminação artificial e reduziram as doenças que impediam que os animais ganhassem peso e prejudicavam a produção de leite.
A carne in vitro, como é sugerida pelos cientistas, já mostrou resultados positivos. Segundo eles, essa é uma maneira saudável e higiênica de produzir alimento. A produção funciona através da retirada de células de um animal vivo e um processo laboratorial que a transforma em tecido muscular.
No início do ano os europeus testaram o método e fabricaram carne de porco in vitro. Mesmo assim, a prática ainda gera polêmica, principalmente por parte de pessoas que são contra a clonagem de animais.
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