POR QUE AMAMOS E APOIAMOS ISRAEL? (PARTE FINAL)


Cinco Razões Porque Amamos Israel

3. Os judeus – uma prova da existência de Deus

Apesar de tudo o que Israel fez, Deus não o rejeitará. “Assim diz o Senhor: Se puderdes invalidar a minha aliança com o dia e a minha aliança com a noite, de tal modo que não haja nem dia nem noite a seu tempo, poder-se-á também invalidar a minha aliança com Davi, meu servo...” (Jr 33.20-21).
Pois assim diz o Senhor dos Exércitos: Para obter ele a glória, enviou-me às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho” (Zc 2.8). A maioria das traduções bíblicas diz que aqui se trata da menina do olho de Deus. 


Isso significa que Israel tem uma posição especialmente escolhida diante de Deus. Até o mago e sacerdote pagão Balaão foi obrigado a reconhecer esse fato. Ele havia sido incumbido de amaldiçoar Israel pelo rei moabita Balaque. Balaão declarou: “Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso denunciar a quem Deus não denunciou? 

Pois do cimo das penhas vejo Israel e dos outeiros o contemplo: eis que é povo que habita só e não será reputado entre as nações” (Nm 23.8-9). 

Alguns versículos adiante, Balaão revela ainda mais: “Eis que para abençoar recebi ordem; ele abençoou, não o posso revogar. Não viu iniqüidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel; o Senhor, seu Deus, está com ele, no meio dele se ouvem aclamações ao seu Rei. Deus os tirou do Egito; as forças dele são como as do boi selvagem. Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; agora, se poderá dizer de Jacó e de Israel: Que coisas tem feito Deus!” (vv.20-23). Em outras passagens bíblicas lemos que a situação de Israel daquela época nem era tão boa assim. 

Mas o amor de Deus cobria tudo, Ele “não viu iniqüidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel”. No Novo Testamento encontramos algo semelhante em Efésios 5.27: “para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito”. Por meio do sacrifício perfeito de Jesus, segundo nossa posição nEle, podemos estar perfeitos diante de Deus, mesmo que nossa situação geralmente seja outra.

Infelizmente, muitos cristãos não ouvem falar nada de bom sobre Israel em suas igrejas. A fidelidade de Deus e Suas promessas para Israel são deixadas de lado. Mas então, como interpretar versículos como estes: “Assim diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; Senhor dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas leis fixas diante de mim, diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre. 

Assim diz o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá embaixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Senhor. Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que esta cidade será reedificada para o Senhor, desde a Torre de Hananel até à porta da Esquina. Assim diz o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá embaixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Senhor” (Jr 31.35-37). 

A lógica é bem simples: apesar de tudo o que Israel fez, Deus não o rejeitará. E para que tenhamos absoluta certeza, Ele chega a colocar em jogo as grandezas e as ordens cósmicas! “Assim diz o Senhor: Se puderdes invalidar a minha aliança com o dia e a minha aliança com a noite, de tal modo que não haja nem dia nem noite a seu tempo, poder-se-á também invalidar a minha aliança com Davi, meu servo...” (Jr 33.20-21). 

Enquanto o homem não puder lançar o sol e os planetas para fora de suas órbitas, o plano especial de Deus com Israel manterá sua validade. Jesus é fiador dessa garantia: “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça” (Mt 24.34). Esta geração, estalinhagem dos judeus não se extinguirá sem que Deus cumpra todos as promessas que lhes fez.

Simplesmente é parte da estratégia divina e de Seu plano de salvação escolher um povo como instrumento especial: “Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos” (Dt 7.7). A Igreja do Novo Testamento é descrita de forma semelhante: “Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1 Co 1.28-29).

No decorrer dos séculos, percebemos a fidelidade e a bondade de Deus para com o povo de Israel. Muitas vezes Ele impediu que Israel fosse completamente exterminado: pelo Faraó egípcio, por Balaão, por Hamã no tempo da rainha Ester, pelos romanos, pela Inquisição católica, pela Alemanha nazista e pelo islã. E no final Ele também impedirá que Israel venha a ser aniquilado pelo Anticristo. Deus interferiu repetidamente e continuará interferindo em favor de Seu povo Israel. Toda a História desse povo, tanto em seus aspectos negativos como positivos, é uma prova inequívoca da existência de Deus!

4. Israel é o ponteiro no relógio mundial de Deus

Não tenhamos ilusões: vivemos em um mundo perdido. Segundo o “calendário profético”, os tempos das nações se encaminham para seu final.
Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai nas terras longínquas do mar, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho” (Jr 31.10). Baseados na profecia bíblica sabemos que o reaparecimento de Israel no cenário político mundial dá a largada para os juízos apocalípticos sobre o mundo todo. 

Hoje quase ninguém mais defende o direito de Israel à sua antiga pátria, já que esse direito está intrinsecamente ligado com a Bíblia e com o Deus de Israel. O último bastião que resta são os cristãos bíblicos. 

E mesmo em seu meio é triste observar que muitos estão inseguros porque dão ouvidos a teorias conspiratórias e nutrem um ilusório anseio amilenista. Este último é um efeito colateral negativo da Reforma Protestante de 500 anos atrás, quando a Igreja foi colocada no lugar de Israel. Em todo o conflito no Oriente Médio, o que está em jogo mesmo é o conflito entre o islã e a Sagrada Escritura. 

Uma vez que tanto judeus como cristãos estão ligados à Bíblia, nesse confronto estamos juntos no mesmo barco. No profeta Isaías vemos o mundo todo sendo avisado: “Eis que eu farei de Jerusalém um cálice de tontear para todos os povos em redor...” (Zc 12.2). Jerusalém dividirá as opiniões, e o mundo cada vez mais ímpio prefere simpatizar com os palestinos do que com os judeus. Nesse contexto, especialmente no mundo islâmico vivenciamos cada vez mais o que diz o Salmo 83.4: “Dizem: Vinde, risquemo-los de entre as nações; e não haja mais memória do nome de Israel”.

Como cristãos que querem se manter fiéis à Bíblia, somos vigilantes e reconhecemos o aspecto judaico do Armagedom apocalíptico: “Eis que, naqueles dias e naquele tempo, em que mudarei a sorte de Judá e de Jerusalém, congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali entrarei em juízo contra elas por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre os povos, repartindo a minha herança entre si” (Jl 3.1-2). A política global da ONU em relação a Israel e aos cristãos é descrita acertadamente no Salmo 2: “Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os príncipes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido...” (vv.1-2). 

O mundo está se tornando cada vez mais anti-semita e anticristão. Nossas tão valorizadas democracias ocidentais começaram a criminalizar e classificar os crentes verdadeiros como perigosos. A isso soma-se uma tolerância doentia em nome da não-discriminação bem como uma imoralidade vergonhosa, que beira a perversão. A sociedade de consumo está disposta a pagar um alto preço pela garantia de uma vida confortável, mas está podre como uma fruta prestes a cair do pé. 

Sem o temor de Deus, as antigas e abençoadas democracias cristãs transmutam-se, pela aterradora decadência de seus valores e pela perda de suas virtudes, em uma Babilônia madura para o juízo, com o prenome de Sodoma. Ulrich W. Sahm aponta conexões interessantes em relação às revoltas no mundo árabe: “O pequeno Satã chamado Israel até hoje havia sido um baluarte que, com sua luta contra os islâmicos, protegia também a Europa. Agora existe a ameaça de um cenário imprevisível...” Quanto mais a Europa e, em parte os Estados Unidos, se distanciarem de Israel, mais as coisas irão ladeira abaixo – de uma crise a outra, de uma catástrofe natural a outra e de um ataque criminoso a coisas cada vez piores! Até...

Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios” (Rm 11.25). A salvação de pessoas através da proclamação mundial do Evangelho está entrelaçada com a restauração espiritual de Israel. Cairão ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles” (Lc 21.24). Jerusalém serve de parâmetro no fim dos tempos. 

Uma vez que Israel, há 63 anos, já se encontra novamente no rol de nações, a pressão inimiga cresce mais e mais. Até no governo israelense ouvem-se vozes afirmando que o Estado de Israel jamais se sentiu tão ameaçado como atualmente. Todos os levantes e revoltas populares em diversos países árabes poderiam ser um tiro pela culatra, transformando-se em uma grande explosão contra Israel. Não tenhamos ilusões: vivemos em um mundo perdido. Segundo o “calendário profético”, os tempos das nações se encaminham para seu final.

Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: bendito o que vem em nome do Senhor!” (Mt 23.39). Em meio a todos os processos e desenvolvimentos em andamento e em meio a todos os focos de perigo, Israel será dirigido inexoravelmente a uma situação tão sem saída que somente lhe restará clamar pela intervenção divina.

5. O futuro da Igreja está intimamente ligado ao futuro de Israel

É muito significativo que a volta de Cristo esteja relacionada a um local bem concreto: o monte das Oliveiras em Jerusalém. Por que justamente Jerusalém, já que, segundo a opinião de muitas denominações e igrejas cristãs, Deus não tem nenhum plano especial com Israel no futuro?
É muito significativo que a volta de Cristo esteja relacionada a um local bem concreto: o monte das Oliveiras em Jerusalém. Por que justamente Jerusalém, já que, segundo a opinião de muitas denominações e igrejas cristãs, Deus não tem nenhum plano especial com Israel no futuro?

Em Atos dos Apóstolos lemos os anjos dizendo aos discípulos: “Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir. Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado Olival, que dista daquela cidade tanto como a jornada de um sábado” (At 1.11-12). 

E o profeta Zacarias explica:“Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio... então, virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos com ele” (Zc 14.4-5). Juntamente com todos os santos do Antigo Testamento seremos levados pelo Senhor dos Senhores ao monte das Oliveiras em Jerusalém, em Israel.

No final do último livro do Novo Testamento, a Jerusalém celestial desce do céu à terra:“Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel” (Ap 21.12). Portanto, também no Novo Testamento somos lembrados de que os nomes das doze tribos de Israel estarão gravados nos portões da cidade divina, juntamente com os nomes dos doze apóstolos de Israel: “A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Ap 21.14). 

Esse é o cumprimento da promessa feita por meio do profeta Isaías: “Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome” (Is 66.22). Isaías não fala da Igreja; ele está falando do futuro de Israel – o que qualquer leitor “comum” da Bíblia compreenderá, bastando ler o contexto.

Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém” (Is 2.2-4). Que visão grandiosa do reino de paz – que terá sua sede em Jerusalém, no monte Sião!

E para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra” (Ap 5.10).Aqui são mencionados os salvos bem como seu futuro ministério, que partirá de Sião. Por isso, crentes realmente fiéis à Palavra também são sionistas cristãos, uma vez que sua visão profética é acurada e porque eles crêem no futuro reino de paz. Eles defendem Israel e seu direito à terra que Deus lhe prometeu, defendem seu direito à sua pátria, à Terra de Israel. 

E os palestinos e não-judeus que hoje vivem lá? Nessa questão a Palavra do Senhor é bem clara e indica o rumo que as coisas tomarão: “Assim diz o Senhor acerca de todos os meus maus vizinhos, que se apoderaram da minha herança, que deixei ao meu povo Israel: Eis que os arrancarei da sua terra e a casa de Judá arrancarei do meio deles. E será que, depois de os haver arrancado, tornarei a compadecer-me deles e os farei voltar, cada um à sua herança, cada um à sua terra. 

Se diligentemente aprenderem os caminhos do meu povo, jurando pelo meu nome: Tão certo como vive o Senhor, como ensinaram o meu povo a jurar por Baal, então, serão edificados no meio do meu povo. Mas, se não quiserem ouvir, arrancarei tal nação, arrancá-la-ei e a farei perecer, diz o Senhor” (Jr 12.14-17). Isso significa a opção deles entre integração pacífica ou juízo divino, desqualificando a si mesmos por se tornarem inimigos de Israel.

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