POR QUE AMAMOS E APOIAMOS ISRAEL?


Cinco Razões Porque Amamos Israel
A Palavra de Deus nos fornece muito mais do que cinco razões para ficar do lado do povo judeu, mas vamos focar nossa atenção nas que consideramos as mais significativas. Lemos acerca do centurião de Cafarnaum: “Tendo Jesus concluído todas as suas palavras dirigidas ao povo, entrou em Cafarnaum. 

E o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte. Tendo ouvido falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo. Estes, chegando-se a Jesus, com instância lhe suplicaram, dizendo: Ele é digno de que lhes faças isto, porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga. Então, Jesus foi com eles. E, já perto da casa, o centurião enviou-lhe amigos para lhe dizer: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa. 

Por isso, eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo; porém, manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Ouvidas estas palavras, admirou-se Jesus dele e, voltando-se para o povo que o acompanhava, disse: Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta. E, voltando para casa os que foram enviados, encontraram curado o servo” (Lc 7.1-10).

O testemunho impressionante e unânime acerca desse centurião romano e de seu comportamento foi considerado singular por Jesus. O status social e a profissão desse homem não o impediam de acolher Israel de forma especial em seu coração. Obviamente essa era apenas uma conseqüência de sua convicção interior de que o Deus de Israel era o Deus verdadeiro. Esse homem vivia e trabalhava em Israel e observava o povo, sua cultura e sua religião. 

O fato de ele ter mandado chamar Jesus em uma situação de angústia apenas comprova que o Espírito Santo também trabalhava nos corações de não-judeus, iluminando e conduzindo-os a Cristo. Mesmo os soldados durões e experimentados que crucificaram e vigiaram Jesus reconheceram nEle alguém extraordinário: “O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus” (Mt 27.54).

Em Atos dos Apóstolos, alguns anos depois de Pentecostes, encontramos o relato detalhado da conversão de Cornélio. Através da direção especial de Deus, o apóstolo Pedro foi enviado até esse centurião romano em Cesaréia. Ele também proclamava abertamente, junto com toda a sua casa, sua cordial simpatia pelo povo judeu. Dava muitas esmolas e orava a Deus “de contínuo” (At 10.2). 

Pedro, especialmente autorizado, abriu ali a porta para os gentios, e então podemos ler acerca da primeira conversão real de um gentio a Cristo na era da Igreja. Nesse evento, o amor por Israel é mencionado e salientado bem claramente. Hoje isso nos desafia a pensar mais profundamente sobre o assunto.

1. Jesus descende de Israel

Em Apocalipse 5.5 somos mais uma vez confrontados com a identidade de Jesus: “...eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu...”
Não é em vão que encontramos na Bíblia muitas genealogias cuidadosamente registradas, que retrocedem milhares de anos até Adão. Isso é único entre todas as nações do mundo. E essas genealogias permitem pesquisar a ascendência de Jesus. 

Logo no início do Novo Testamento, no Evangelho de Mateus, José, o marido de Maria, é listado como descendente de Davi. Sua linhagem passa pelo filho de Davi, o rei Salomão, e começa com Abraão. Em Lucas 3.23-38 a genealogia começa com José, filho de Eli, e não como em Mateus 1.16, onde ele é “filho de Jacó”. Ele se tornou “Filho de Eli” (genro) por meio de seu casamento com Maria. 

E essa linhagem passa por Natã, mais um filho de Davi, pelo próprio Davi até chegar a Adão, documentando a origem de Maria como “filha de Davi”. Esses são fatos inegáveis. Assim, as tentativas de negar a origem judaica de Jesus Cristo durante o domínio nazista eram ridículas. Mas, em nossos dias também se ouvem teses semelhantes da parte de líderes palestinos e islâmicos, que revisam a História e tentam converter Abraão ao islamismo mesmo 4.000 anos depois de sua morte e procuram fazer de Jesus um palestino. 

Paulo confirma: “com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi” (Rm 1.3). E em Romanos 9.5 ele fala dos judeus: “deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!”.

A vida de Jesus transcorreu em lugares e lugarejos que, em sua maioria, podem ser facilmente identificados e localizados em Israel: Belém, o rio Jordão, Nazaré, Cafarnaum, Tabgha (lugar da multiplicação dos pães e peixes), Jerusalém e o monte das Oliveiras, o tanque de Betesda e o recém descoberto tanque de Siloé, o monte do Templo, o vale de Cedrom e, do outro lado, a cidadezinha de Betânia. 

Nos últimos anos foram descobertas algumas pedreiras antigas em Jerusalém, de onde o rei Herodes mandou quebrar as enormes pedras, típicas de suas construções e usadas na majestosa restauração do Templo judeu. E depois de décadas de busca, o arqueólogo judeu Ehud Netzer descobriu o sepulcro de Herodes no lado sul do Herodium, o monte artificial localizado ao sul de Jerusalém e Belém. Toda essa área fazia parte da antiga região pertencente às dez tribos de Israel.

Em Apocalipse 5.5 somos mais uma vez confrontados com a identidade de Jesus: “...eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu...” Saber que Jesus foi um judeu legítimo, que viveu e ministrou em Israel, não seria razão mais do que suficiente para amar esse povo?

2. Toda a Bíblia vem de Israel

Toda a Bíblia vem de Israel.
Qual é, pois, a vantagem do judeu? Ou qual a vantagem da circuncisão? Muita, sob todos os aspectos. principalmente porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus” (Rm 3.1-2). 

Na Carta aos Romanos, tão rica em ensinamentos e tão fundamental à fé cristã, Paulo enfatiza a exclusividade de Israel como detentor e veículo da revelação do único Deus verdadeiro, mesmo na era da Igreja. 

O próprio Jesus testificou à samaritana no poço de Jacó: “Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus” (Jo 4.22). O próprio Deus estabeleceu que assim fosse, e a nós só cabe aceitá-lo ou rejeitá-lo. O escritor da Carta aos Hebreus traça a linha que conecta os profetas do Antigo Testamento com a revelação divina definitiva em Jesus e por meio de Jesus: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho...” (Hb 1.12a). 

Mesmo que os teólogos modernos e os ateus tentem provar o contrário – o testemunho do apóstolo Pedro sublinha a veracidade das Sagradas Escrituras: “sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.20-21). Não esqueçamos: todos esses homens santos eram de Israel, eram judeus (exceto Lucas).

É a Bíblia que contém informações tão particularmente importantes, sem as quais interpretaríamos todo o nosso mundo de forma incorreta e estaríamos perdidos em meio às religiões, filosofias e ao intelectualismo que nos rodeia. Ela fala claramente acerca da origem da terra e de todo o Universo: “porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou” (Êx 20.21). 

“Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139.14). “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. 

Tais homens são, por isso, indesculpáveis” (Rm 1.20). Essas declarações nos provocam e nos desafiam a tomar posição. No decorrer dos milênios, declarações assim causaram perseguições cruéis e discriminação de judeus e cristãos. Mas continuará a ser verdade para sempre: “Porque todos os deuses dos povos são ídolos; o Senhor, porém, fez os céus” (1 Cr 16.26).

Por isso, está em curso uma grande guerra para apagar essa clara luz que vem da Bíblia via Israel, para riscar Israel do mapa e para intimidar e desanimar os cristãos. Mas, no final, o que está em jogo é a perdição eterna ou a salvação eterna: “como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade” (Hb 2.3-4). 

Essa confirmação especial por meio de milagres, sinais e distribuições especiais do Espírito Santo aconteceu por intermédio dos apóstolos judeus em Israel e nos arredores. O próprio Jesus, depois de Sua ressurreição, salientou a veracidade e a precisão profética dos “oráculos de Deus”: “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. 

Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém” (Lc 24.44-47). Isso significa que um fio condutor se estende desde Adão e Eva, vai passando por toda a Bíblia, indicando a Cristo e conduzindo a Jesus: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo 5.39).

Continua.....

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